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Especial eleições 2022

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Olho nos dados

Pesquisas e monitoramentos sobre desinformação nas eleições

Aqui reunimos nome das instituições, pesquisadores e alguns dos principais achados recentes sobre desinformação no contexto eleitoral

Ações das plataformas

O que as plataformas estão fazendo para vetar desinformação nas eleições

Para facilitar a visualização, montamos um quadro com medidas tomadas pelas principais plataformas como precaução contra a circulação de desinformação durante as eleições brasileiras.

Selecionamos as plataformas Whatsapp, Facebook e Instagram (grupo Meta), Google, Youtube, Twitter, TikTok, Telegram, Kwai, Spotify e LinkedIn. Destacamos três eixos: medidas informativas, de reação à desinformação e um Vale saber para que o leitor possa ter mais elementos para sua avaliação.

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Canal de comunicação oficial do TSE e stickers sobre as eleições. Canal de denúncias extrajudicial para que sejam informadas contas suspeitas de fazerem disparos em massa (medida proibida desde 2018). Vem estudando implantar a funcionalidade comunidades, a exemplo do que faz o Telegram, mas se comprometeu com o MPF a esperar passarem as eleições e só pensar nisso em 2023. Vem dificultando a viralização de mensagens, com o alerta “conteúdo encaminhado com frequência”. Mensagens falsas sobre urnas eletrônicas e conteúdo antidemocrático e golpista circulam livremente na plataforma e o volume tem crescido com a proximidade das eleições, segundo pesquisa da UFMG. 
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Ferramenta megafone para possibilitar ao TSE divulgar informações importantes nos dias de votação. Rótulos aplicados nas mensagens que tratam de eleições e política direcionam os usuários para o site da Justiça Eleitoral.Tem parcerias com agências de checagem para sinalizar, diminuir o alcance ou remover conteúdos com desinformação, mas não modera o discurso dos candidatos. Implantou um canal de comunicação extrajudicial para a denúncia de conteúdos que veiculem desinformação relacionada ao processo eleitoral, como dia da votação ou número dos candidatos. A menos de dois meses das eleições, o Facebook mudou sua política de integridade cívica e passou a proibir anúncios que questionam a legitimidade do sistema eleitoral. Na semana depois das eleições de 2022, a empresa diz ter removido postagens que pediam intervenção militar no país. A ferramenta da biblioteca de anúncios é bastante criticada por especialistas e uma experiência feita pela organização Global Witness deixou evidente a falta de fiscalização  dos anúncios políticos, iniciativa que acabou por ajudar a pressão para a plataforma  melhorar sua política de integridade eleitoral.
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Em postagens relativas a conteúdo ligado às eleições, um rótulo direciona para o site da Justiça Eleitoral. Uso de stickers temáticos e chatbot para resolver dúvidas de eleitores.Canal de comunicação extrajudicial para o TSE denunciar informações falsas ou enganosas. Tem parceria com agências de checagem para rotular ou diminuir o alcance de notícias falsas. O usuário que for fazer propaganda política precisa se identificar, tal como no Facebook. Na semana pós eleições de 2022, diz ter começado a remover conteúdos pedindo intervenção militar no país. Candidatos têm encontrado brechas para impulsionar mensagens com fake news e ataques ao processo eleitoral brasileiro na rede social.
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Selecionou aplicativos cívicos na Google Play Store e produziu doodle sobre as eleições 2022. Produziu o recurso “Como Votar” em parceria com o TSE. Quando se faz esta busca, aparecem informações oficiais sobre endereços de locais, horários e ordem de votação, documentação necessária, além de mais detalhes sobre uso correto da urna eletrônica e dúvidas comuns sobre o tema.Criou uma página com os trends de pesquisa do Google Search sobre as eleições. Implementou um canal de denúncias de conteúdo suspeito sobre o processo eleitoral, exclusivo para o TSE e TREs. A plataforma criou uma seção em que lista informações sobre os anúncios políticos para o Brasil na esfera federal e, depois de pressão da sociedade civil, prometeu passar a exibir os anúncios regionais a partir de setembro.Esta biblioteca de anúncios do Google foi bastante criticada por especialistas por usar parâmetros que estão muito aquém do que a plataforma aplica nos EUA, por exemplo, onde os anúncios referentes a todas as instâncias de poder podem ser encontrados. Aqui temos a promessa de mais transparência a partir de setembro.
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Destaque na aba Explorar para fontes, consideradas pela plataforma, confiáveis de notícias e informações sobre eleições, como CNN e Fox News.Passou a proibir vídeos que alegam fraudes nas eleições de 2014 e 2018, derrubando conteúdos que apontavam fraudes nas urnas eletrônicas, por exemplo. Criou a chamada biblioteca de anúncios, que permite ao usuário acessar valores, segmentação e quem financiou publicidades feitas por políticos ou com teor político. Um dia após o segundo turno de 2022, passou a proibir conteúdo alegando fraude sobre este pleito. A plataforma só modera alegações falsas de fraude de eleições já realizadas, mas não atua sobre conteúdo que ataque a legitimidade do pleito atual.
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Ativação de avisos de busca sobre urnas e processo eleitoral direcionando usuários para informações confiáveis e para esclarecimentos de “narrativas desinformativas graves”. Emoji para eleições e destaques para tweets do TSE, mídias e iniciativas de checagem de fatos. Páginas com discussões voltadas às eleições regionais, recurso válido para AM, BA, CE, GO, MG, PR, PE, RJ, RS e SP.Canal de denúncias para o TSE encaminhar violações das regras da plataforma e promessa de análise mais rápida. A propaganda de anúncios políticos foi vedada. Anunciou ampliação da ferramenta BirdWatch, mas não para o Brasil, por enquanto. A plataforma atua sobre conteúdo falso ou enganoso que afeta a integridade eleitoral, mas não atua sobre desinformação de um candidato sobre outro. 
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Criação do LinkedIn Notícias, espaço dedicado a informações oficiais e verdadeiras sobre o processo eleitoral de 2022, com curadoria editorial da própria plataforma. O TSE poderá usar LinkedIn Pages para compartilhar notícias sobre o processo eleitoral.Canal de comunicação extrajudicial exclusivo para o TSE denunciar conteúdos desinformativos relacionados ao processo eleitoral para análise mais rápida. Comprometeu-se com o TSE a remover conteúdos maliciosos, tais como contas falsas e comportamento inautêntico coordenado. Disponibilizará em português seu relatório de transparência semestral que contém dados sobre as ações tomadas em relação à desinformação. Este ano a rede social esteve envolvida em uma série de polêmicas nos EUA, como a criação de perfis falsos com fotos geradas por inteligência artificial, burlando as regras da plataforma.
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Criação de um centro de informações das eleições de 2022, apoio à transmissão ao vivo de eventos do TSE. Etiqueta de eleições nos conteúdos relacionados e direcionamento para a página do TSE. Canal de denúncia extrajudicial para o TSE no intuito de identificar e conter casos e práticas de desinformação. Prometeu retorno sobre as denúncias feitas pela Justiça Eleitoral e a remoção de contas falsas e comportamento inautêntico. Tem parceria com a iniciativa de checagem Estadão Verifica.Se moderar desinformação já é desafiador por questões de discurso e liberdade de expressão, fazer essa moderação em conteúdo de áudio e vídeo é ainda mais difícil, como aponta reportagem do New York Times.
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Apoio ao Canal Verificado do TSE com aviso para os usuários da plataforma, acesso a API para operação de Bot oficial do TSE com interações avançadas.Canal de comunicações extrajudiciais para que o TSE denuncie conteúdos relacionados ao processo eleitoral que transmitam desinformações graves, sob a perspectiva do alcance ou do conteúdo.No memorando assinado com o TSE, a plataforma fez questão de deixar claro que seus recursos para marcar conteúdos ou canais são limitados. Grupos extremistas de direita tiveram aumento astronômico no app, bem como conteúdo antidemocrático e de incitação à desobediência civil, segundo pesquisa recente.
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Página dentro do aplicativo com informações oficiais sobre as eleições de 2022, além do apoio a transmissões realizadas pelo TSE.Canal de comunicação extrajudicial de denúncia de conteúdos que veiculem desinformação sobre o processo eleitoral. Prometeu retorno sobre as denúncias feitas, remoção de conteúdos maliciosos e parcerias com checadores de fatos.Os vídeos publicados na plataforma podem circular autonomamente em aplicativos de mensagem instantânea, fazendo com que sua moderação seja a partir de então virtualmente impossível.

Parceria TSE

*desinformante e TSE são parceiros contra desinformação

O *desinformante, por meio do Instituto Cultura e Democracia, se tornou parceiro do Tribunal Superior Eleitoral no combate à desinformação. A partir da assinatura do termo de adesão, o *desinformante passou a integrar o “Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação no âmbito da Justiça Eleitoral” e o “Programa de Fortalecimento Institucional a partir da Gestão da Imagem da Justiça Eleitoral”.