O #panorama2023 é uma série de entrevistas sobre o contexto da desinformação pós eleições, seus impactos na sociedade e futuros possíveis para combater o problema. Falamos com jornalistas e pesquisadores para traçar expectativas para o ano que se inicia a partir de olhares de diversas áreas e experiências variadas na luta contra a desinformação. Confira qual o cenário atual e o que esperar no âmbito das legislações, das articulações políticas, das plataformas digitais, do jornalismo e da sociedade civil para este novo ano.

Começamos conversando com a idealizadora e coordenadora da Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), Ana Regina Rêgo. Ela trouxe insights de como a desinformação é tema urgente no Brasil. Falou conosco sobre regulação da internet, educação midiática, fortalecimento da ciência e outros temas urgentes para 2023. 

 

A desinformação no Brasil é recompensadora. Ela dá mandatos.

(Ana Regina Rêgo, RNCD)

Em outra conversa com o *desinformante, a professora e pesquisadora na Universidade Federal de Santa Catarina, Letícia Cesarino, destacou como a arquitetura das plataformas digitais impulsionou novas organizações dos sistemas sociais e quais as consequências desse processo para a democracia. 

A extrema-direita no Brasil mostra como  a política populista pode estar se tornando algo normalizado dentro do atual ambiente de mídia.

(Letícia Cesarino, UFSC)

A atuação da Justiça Eleitoral nas eleições foi uma das grandes polêmicas de 2022. Sobre isso conversamos com a advogada Samara Castro, presidente da Comissão de Liberdade de Expressão no Mundo Digital da OAB-RJ. 

Nós temos um arcabouço construído especificamente para o combate à desinformação muito limitado.
(Samara Castro, OAB)

O pediatra e sanitarista Daniel Becker fala do papel de toda a sociedade na proteção das crianças contra desinformação e radicalização de pontos de vista. 

 É muito mais do que polarização política, são crianças que não nasceram racistas, odientas e raivosas. São reverberações engendradas pela família e pela sociedade.
(Daniel Becker, pediatra e sanitarista) 

Em meio a todas as transformações que a prática jornalística vem passando, uma delas é a própria descredibilização do jornalismo profissional. Sobre isso conversamos com Carol Monteiro, fundadora da Marco Zero Conteúdo. 

Jornalista como desconstrutor de mentiras e educador digital
(Carol Monteiro, Marco Zero) 

Os aplicativos de mensagens e sua enorme contribuição para as campanhas de desinformação. Tema abordado com o craque dos monitoramentos, professor da Escola de Computação da UFMG, Fabrício Benevenuto. 

Os super grupos e a ferramenta comunidades podem contribuir para aumentar a desinformação no WhatsApp
(Fabrício Benevenuto, UFMG)

Renata Mielli, jornalista e secretária geral do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, falou sobre como autorregulação das plataformas foi insuficiente para barrar desinformação e discursos de ódio nas eleições. 

Regulação das plataformas a serviço da democracia
(Renata Mielli, Centro de Estudos Barão de Itararé) 

De olho nas plataformas digitais , Marie Santini, coordenadora do NetLab-UFRJ, descobriu irregularidades nas  bibliotecas de anúncios e uma ´parceria´ do Youtube com a rede Jovem Pan. 

Rigor acadêmico, na velocidade dos fatos, contra a desinformação
(Marie Santini, UFRJ)

Entender os fatos da perspectiva da psicanálise e da psicologia social. Conversamos com o professor titular do Instituto de Psicologia da USP, Christian Dunker. 

Na sociedade da incerteza, medo e ódio caminham juntos
(Christian Dunker,USP)

A checagem de fatos viu seu valor crescer ainda mais, apesar de não acompanhar a velocidade e sofisticação da desinformação. Falamos com Natália Leal, CEO da Agência Lupa. 

Checagem de fatos ainda não acompanha sofisticação da desinformação
(Natália Leal, Lupa) 

Fernanda Martins, do InternetLab, traz abordagens de gênero e da justiça racial para o tema da desinformação. 

Em breve