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WhatsApp garante a MPF que recurso Comunidades só em 2023

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O WhatsApp anunciou que não vai mais liberar a ferramenta ‘Comunidades’ no Brasil em 2022. A informação foi confirmada pelo Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, que expediu recomendação no fim de julho para o adiamento da implementação, considerando o aumento do fluxo de “desinformação sobre as instituições democráticas brasileiras, em especial sobre o sistema de votação usado no país”.

“O Ministério Público Federal em São Paulo recebeu, na noite de ontem, ofício do WhatsApp, informando que a ferramenta Comunidades e o aumento do tamanho atual dos grupos da plataforma não serão implementados, no Brasil, antes de 2023”, confirmou a nota oficial do MPF. Que prosseguiu: “Com isso, o órgão entende que estão devidamente atendidas as expectativas que embasaram a recomendação que expediu no fim de julho. O MPF-SP seguirá atuando, procurando contribuir para o aprimoramento das políticas de enfrentamento à desinformação das principais plataformas digitais que operam no país”.

O WhatsApp Comunidades é uma ferramenta cuja implementação começou a ser especulada em janeiro deste ano, conforme noticiou o *desinformante, e foi confirmada pela empresa em abril: “As Comunidades do WhatsApp permitirão que as pessoas reúnam grupos relacionados sob uma mesma estrutura que funcione para elas. Dessa forma, os participantes poderão receber avisos enviados para toda a Comunidade e organizar grupos menores para discutir os assuntos que são de seu interesse com facilidade”, anunciou oficialmente a empresa.

Na prática, a ferramenta permite a junção de até 10 grupos em uma comunidade, ou seja, o limite para o alcance de um único disparo aumentaria para 2.560 pessoas. Além disso, as comunidades também permitem a figura de um administrador que poderá criar e gerenciar as comunidades e enviar mensagens em um único clique para um imenso número de pessoas, aumentando a possibilidade de viralização de conteúdos.

No entanto, o WhatsApp se comprometeu com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda em fevereiro, a não realizar mudanças no app no âmbito brasileiro. “A eleição brasileira desse ano é a mais importante para o WhatsApp em 2022. E como mostra dessa importância, não será feita nenhuma mudança significativa do produto no Brasil até o fim do período eleitoral”, destacou Dario Durigan, chefe de políticas públicas do WhatsApp. 

A plataforma, então, deixou em aberto a possibilidade de inaugurar as comunidades no Brasil após outubro. O MPF indicou riscos do aumento de desinformação no período eleitoral e recomendou esse adiamento. Como exemplo para o embasamento da recomendação, o Ministério havia destacado a invasão ao Capitólio: “Considerando, nessa esteira, que experiência recente nos Estados Unidos da América sugere que fluxos de desinformação que circularam na esfera pública digital daquele país, após os pleitos ali realizados, contendo dados falsos sobre a lisura daquele processo, desempenharam um papel relevante na organização de manifestações violentas resultou na invasão do Capitólio, com a morte de cinco pessoas mais graves da história democrática norte-americana”.

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