O último debate do primeiro turno entre os presidenciáveis realizado nesta quinta-feira (29) pela TV Globo foi marcado por muitos direitos de resposta devido à intensidade de ataques e acusações entre os candidatos, especialmente por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do candidato Padre Kelmon (PTB) ao ex-presidente Lula.

O moderador William Bonner chegou a pedir moderação com as palavras e respeito aos espectadores e ao ambiente democrático. Acusações mútuas de mentiras tomaram tempo considerável do debate.

Sete candidatos à Presidência da República participaram:  Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Felipe D’Avila (Novo), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Padre Kelmon (PTB), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).

De oito declarações do candidato Jair Bolsonaro checadas pela Agência Lupa, apenas uma foi considerada verdadeira. De dez declarações do candidato Lula checadas pela Lupa, uma foi avaliada como falsa e quatro foram consideradas exageradas. Uma declaração da candidata Simone Tebet (MDB) foi checada e considerada verdadeira. Já o candidato Ciro Gomes (PDT) teve três declarações verificadas, sendo uma considerada exagerada e as outras duas verdadeiras.

O candidato padre Kelmon (PTB) protagonizou mais de um episódio de interrupção da fala da candidata Soraya Thronicke (União Brasil) e foi repreendido pelo mediador William Bonner para o cumprimento das regras do debate. Também coube ao padre Kelmon trazer fakenews requentadas, como perseguição da esquerda às igrejas, as pautas morais, da escola sem partido, além de incentivo fiscal para a cultura. A jornalista e analista Patrícia Campos Mello disse no Twitter que o candidato padre seria a “arma secreta bolsonarista enviado para espalhar desinformação”.

Sobre os temas relacionados mais diretamente à cobertura *desinformante, Lula e Ciro Gomes debateram rapidamente fomento à cultura e regulação da mídia.