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Casos de violência política aumentaram 40% na campanha de segundo turno

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Entre 2 a 26 de outubro, a Anistia Internacional Brasil registrou 59 situações de violência com motivação política no país, uma média de duas ocorrências por dia. O número representa um aumento de 40% em comparação com os casos de violência mapeados pela mesma instituição na campanha de primeiro turno das eleições brasileiras.

A maior parte das ocorrências, cerca de 19%, deu-se no dia da votação. De acordo com a Anistia, foram registrados ataques às urnas eletrônicas, ataques a servidores e voluntários do pleito, restrição no direito de livre circulação de eleitores, assédio aos votantes e violência doméstica por motivação política.

Também foram identificados 11 casos de ofensa, ameaça, agressão ou intimidação com uso de armas. Sete deles, segundo a organização, tiveram como alvos apoiadores do Partido dos Trabalhadores ou do candidato Lula. Um assassinato foi registrado em São Paulo devido a um confronto entre amigos apoiadores de diferentes candidatos à presidência.

Além disso, a Anistia pontuou que, em Rondônia, povos indígenas Migueleno, Kujubim e Puruborá foram vítimas de hostilidade em razão de veiculação de informações falsas associadas ao contexto eleitoral.

Como explica Erika Guevara Rosas, diretora da Anistia Internacional para as Américas, “as notícias sobre a intensificação da violência e ameaças contra pessoas que exercem seus direitos civis e políticos são alarmantes. Entre eles, o aumento exponencial de denúncias de assédio eleitoral por parte de trabalhadoras e trabalhadores que sofrem pressão para definir ou declarar seu voto, incluindo ameaças de perder o emprego se não o fizerem, é muito preocupante”.

Em pesquisa divulgada neste sábado (29), o Datafolha também apontou os casos de violência eleitoral ocorridos na campanha de segundo turno. Segundo o instituto, de cada 100 eleitores que estão trabalhando, 4 dizem ter sofrido pressão do empregador para votarem em um candidato específico.

Os relatos mais frequentes desse tipo de ação vieram de jovens entre 16 a 24 anos e entre quem ganha até dois salários mínimos. Mesmo assim, apenas 1% dos entrevistados que sofreram assédio afirmaram ter denunciado o ocorrido.

De acordo com balanço divulgado também neste sábado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), até às vésperas da eleição foram registrados 2.360 denúncias de assédio eleitoral. O Sudeste lidera o ranking com 943 casos, seguido pelo Sul com 690, Nordeste com 413, Centro-Oeste com 198 e Norte com 125.

Carla Zambelli aponta arma no meio da rua

Na tarde de sábado, um vídeo com a deputada federal Carla Zambelli empunhando uma arma foi compartilhado nas redes sociais. A situação aconteceu no bairro Jardins, zona central de São Paulo.

Para a Folha, Zambelli afirma que foi insultada e provocada por um manifestante. Em outros vídeos, é possível ver a deputada e mais três homens, um deles também armado, correndo pelas ruas. Na sequência compartilhada na rede, Carla entra em um bar apontando a arma, mandando o homem se deitar no chão. 

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