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Tânia Rêgo/Agência Brasil

Vídeos que colocam sob suspeita as urnas estão no ar no TikTok

Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O TikTok é uma das plataformas digitais que se comprometeu, através de uma parceria no âmbito do Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE, a combater aquela desinformação que coloca dúvidas sobre o processo eleitoral brasileiro. No entanto, pesquisadores atestaram que dezenas de vídeos sobre supostas manipulações ou fraudes atribuídas às urnas eletrônicas seguem circulando na plataforma de vídeos curtos.

O *desinformante enviou alguns links dessa amostra para a assessoria de imprensa do TikTok, que assim respondeu:

“Nós levamos extremamente a sério a responsabilidade que temos em proteger a integridade da plataforma e das eleições. Proibimos e removemos informações falsas sobre processos cívicos, comportamento de ódio e outras violações de nossas Diretrizes da Comunidade, trabalhamos com agências parceiras, como o Estadão Verifica e Reuters, para verificar informações em nossa plataforma. Também contamos com uma série de recursos para ajudar os usuários a terem acesso a conteúdo educativo e confiável sobre as eleições brasileiras”.

Entre os vídeos contra as urnas eletrônicas que continuam circulando no TikTok destacamos um do perfil @direitauai em que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) sugere que as urnas estariam sendo manipuladas em um prédio do sindicato dos trabalhadores de Itapeva, notícia já verificada como falsa por mais de uma agência de checagem e pelo próprio TSE, que emitiu nota de esclarecimento.

Outros perfis compartilham vídeos de votos e urnas supostamente manipuladas no mesmo sindicato. Outros conteúdos acrescentam textos sobre vídeos de veículos de imprensa que tratam sobre testes nas urnas, colocando em dúvida a sua eficácia. Mais um perfil confunde ao tratar de falhas registradas nas urnas, porém já corrigidas, fora do contexto adequado.

Além disso, no mecanismo de busca da plataforma, quando se escreve a palavra urna, o próprio algoritmo completa com as palavras “manipulada”, “fraudada”, “fraldada”, “com voto” e outros complementos indicando e sugerindo a existência de conteúdo desta natureza.

Esta indução se agrava se pensarmos que jovens, principalmente, se informam mais pelo TikTok do que por outras plataformas de busca.  

No memorando de entendimento assinado com o TSE, o TikTok se comprometeu a combater a desinformação a partir de remoção de conteúdos maliciosos e apoio a agências de checagem.

“O TikTok se compromete a remover conteúdos maliciosos quando identificados, tais como contas falsas e comportamento inautêntico coordenado, em conformidade com as políticas da Plataforma”. E no item 4 apoio às instituições de checagem. “O TikTok irá apoiar as instituições de checagem que fazem parte do Programa de Enfrentamento à desinformação do TSE com capacitação e ações que visem o enfrentamento à desinformação contra o processo eleitoral.”

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