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TSE intima diretor da PRF a explicar operações que podem atrapalhar transporte de eleitores

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, preste imediatamente informações sobre as razões para a realização de operações policiais que tiveram imagens divulgadas em redes sociais. Horas mais tarde, em entrevista coletiva e após reunião com Vasques, o ministro garantiu que nenhum eleitor foi prejudicado em seu direito ao exercício do voto em virtude das operações, que se enquadrariam no Código de Trânsito Brasileiro. Ainda assim, o ministro determinou que as operações fossem encerradas e descartou qualquer prorrogação no horário de votação.

No despacho, Moraes apontou uma publicação no Twitter que mostra uma viatura e agentes da PRF parados às margens de uma rodovia e abordando motoristas. No vídeo, o homem que faz a filmagem diz se tratar de uma rodovia na Paraíba.

Nas redes sociais, vários posts denunciam a atuação da Polícia Rodoviária Federal com o intuito de impedir o transporte gratuito de eleitores, especialmente no nordeste, com blitz em ônibus e veículos.

Em um dos vídeos, um homem denuncia que a PRF parou o ônibus em Guaranhus, terra natal de Lula, com o intuito de atrasar as pessoas que seguiam para a votação. Esta manhã o tema foi o mais comentado no Twitter, com posts utilizando o termo DEIXEM O NORDESTE VOTAR. Mas há registros de operações em outras regiões, como em São Gonçalo (RJ), na ponte Rio-Niterói e na Avenida Brasil (RJ).

Segundo números internos da PRF aos quais a Folha teve acesso, o órgão já tinha realizado 514 ações de fiscalização contra ônibus até 12h35 deste domingo. Não por acaso, 272 operações ocorreram no Nordeste (49,5%), 59 no Norte (10,7%), 48 no Sudeste (8,74%) e 48 no Sul (8,74%), segundo o jornal.

O presidente do TSE atendeu a pedido do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que apresentou notícias de suposto uso político da PRF em favor do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.

Operação anti-voto

As jornalistas Andréia Sadi e Julia Duailibi, da Globonews, apuraram que o ministro da Justiça, Anderson Torres, a quem a Polícia Rodoviária Federal é subordinada, teria sido escalado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para colocar nas ruas, neste domingo (30), o plano da campanha bolsonarista envolvendo o uso político da Polícia Rodoviária Federal. Desde sexta-feira (28), a campanha do PT já tinha a informação de que a PRF, dirigida por Silvinei Vasques, que declarou publicamente apoio a Bolsonaro, preparava uma operação que poderia atrapalhar a disputa.

Na noite de ontem (29), Moraes proibiu a PRF de conduzir, neste domingo (30) de segundo turno, operações que pudessem afetar o transporte público de eleitores, fosse pago ou gratuito, sob pena de responsabilização criminal do diretor-geral da corporação em caso de descumprimento.

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