A Meta firmou uma parceria com o Center for Open Science (Centro para Ciência Aberta) a fim de compartilhar dados das redes sociais com “um grupo seleto de pesquisadores” para que eles estudem questões relacionadas ao bem-estar das pessoas. O anúncio afirma que a colaboração será pautada na “transparência e no rigor científico” para a produção das pesquisas neste projeto piloto Porém, os critérios para seleção dos pesquisadores não foram informados.
O anúncio afirma que o COS convidará um grupo seleto de pesquisadores para enviar propostas, mas não está claro como será feita a escolha desse grupo. O *desinformante entrou em contato com a Meta para ter mais detalhes sobre a seleção, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Será utilizado, de acordo com o comunicado, o modelo de publicação de relatórios registrados, em que serão submetidas as propostas de pesquisa e sua metodologia para revisão por pares antes de ser complementada com os resultados. Essa revisão será realizada por especialistas independentes, informa a Meta, e também existe o compromisso de que os resultados serão publicados independentemente do que for encontrado pelos pesquisadores.
Além disso, as organizações se comprometeram a disponibilizar publicamente as propostas, revisões científicas, análises e relatórios finais para aumentar a transparência e permitir que outros pesquisadores possam reproduzir os resultados. Esses compartilhamentos, explicam Meta e COS, serão realizados com medidas para proteger a privacidade dos dados dos usuários.
“Estamos empenhados em fazer isso de uma forma que respeite a privacidade das pessoas que usam nossos aplicativos. O COS tem um histórico comprovado de apoio ao rigor científico e a projetos complexos de ciência aberta, e esperamos fazer parceria com eles neste piloto. Também esperamos que possa fornecer um modelo para outras empresas tomarem medidas semelhantes”, disse Curtiss Cobb, vice-presidente de pesquisa da Meta.
O anúncio vem na semana em que o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, testemunhará no Congresso dos Estados Unidos sobre a segurança das crianças na plataforma e após a revelação de documentos que mostram que a empresa incentivou intencionalmente o uso de suas plataformas de mensagens por crianças e relutou em proteger os menores de idade, mesmo sabendo da grande quantidade de conteúdos impróprios circulando nas suas plataformas digitais. Nas últimas semanas, a empresa anunciou novas medidas para proteção de jovens nas redes.
Além de Zuckerberg, também testemunharão os CEOs da Discord, Snap, TikTok e X. Assim como a Meta, o X (ex-Twitter) fez um anúncio próximo à audiência e divulgou que deve contratar 100 funcionários em tempo integral para um novo escritório de segurança. De acordo com o The Verge, a equipe deve se concentrar no conteúdo relacionado à exploração sexual e, se confirmado, será a primeira equipe de segurança desde que Elon Musk destituiu a anterior.