O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal no Distrito Federal em função do “grave comprometimento da ordem pública marcado por invasão de prédios públicos”. A intervenção terá duração até 31 de janeiro de 2023 e foi nomeado o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Capelle, como interventor neste período. Lula chamou os golpistas de “vândalos, fascistas, fanáticos” e garantiu que todos serão identificados e punidos com o rigor da lei. Os manifestantes antidemocráticos invadiram hoje o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
O presidente também ressaltou que houve falha na segurança em Brasília, que seria função da Policia Militar do Distrito Federal, o que também será apurado e punido. “Nem no auge da luta armada neste país não houve tentativa de fazer qualquer ato como este na Praça dos Três Poderes ou qualquer um dos três palácios”, afirmou. O presidente também garantiu que vai apurar os financiadores das ações golpistas e se houve omissão de alguém da parte do governo federal em relação à prevenção destes atos terroristas.
O presidente disse que os manifestantes golpistas “vão perceber que a democracia garante o direito de ir e vir, de se manifestar mas também exige que as pessoas respeitem as instituições”. Lula lembrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro também tem responsabilidade no que aconteceu. “Ele sempre estimulou a invasão dos três poderes e isso tudo será muito bem apurado e responsabilizado”.
Horas depois, às 21h, Bolsonaro usou suas redes sociais para se pronunciar sobre os atos de vandalismo. No comunicado, o ex-presidente repudiou as acusações contra ele e disse que não há provas para isso.
Lula leu, na sequência, o decreto que determina a intervenção federal.
Leia aqui a íntegra do decreto.