A Advocacia Geral da União (AGU) apresentou hoje, dia 12 de janeiro, à Justiça Federal do Distrito Federal uma lista com 52 pessoas e 7 empresas suspeitas de financiar os atos golpistas. Foi pedido o bloqueio de bens desses suspeitos na ordem de R$ 6,5 milhões, correspondentes ao ressarcimento dos danos sofridos pelo patrimônio público decorrentes desses atos, informa portaria publicada.
A AGU criou um grupo especial para monitorar e apresentar medidas em relação aos atos golpistas de domingo, dia 8, e suas consequências. Sob o nome de Grupo Especial de Defesa da Democracia (GEDD), a unidade pretende pedir quebras de sigilo bancário, telemático e outras medidas cautelares.
O GEDD deve ficar sob responsabilidade de Jorge Messias, advogado-geral da União, e terá também como atribuição “o ajuizamento de ações judiciais e outras medidas necessárias para a preservação e para o ressarcimento dos danos sofridos pelo patrimônio público decorrentes desses atos”.
As investigações prosseguem, o que pode incluir mais nomes de envolvidos e financiadores e o aumento dos valores cobrados a partir das avaliações dos prejuízos causados aos bens da União.
A AGU já tinha acionado o Supremo Tribunal Federal, dia 10, que acatou o pedido e determinou às autoridades públicas de todos os níveis federativos que adotem as providências necessárias para impedir quaisquer tentativas de ocupação ou bloqueio de vias públicas ou rodovias, bem como de espaços e prédios públicos em todo o território nacional, entre outras medidas.
Segundo a portaria, compõem o grupo, além de advogados da AGU, representantes da Procuradoria-Geral Federal, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e da Procuradoria-Geral do Banco Central.
Foram convidados, ainda, representantes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, da Casa Civil da Presidência da República, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.