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Justiça eleitoral classifica vídeo de pastor como boato e Instagram marca como falso

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O pastor e cantor evangélico André Valadão publicou, no dia 19 de outubro, um vídeo no Instagram por meio do qual afirma que teria recebido uma intimação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através do presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes. Na gravação, ele simula a leitura do documento que supostamente conteria uma ordem direta do Tribunal acerca do conteúdo que deveria ser desmentido pelo cantor nas redes sociais.

O vídeo gravado pelo pastor André Valadão é desinformação, segundo a página de checagem do TSE, Fato ou Boato. “Propositalmente, ele omite a informação de que, no dia 6 de outubro, foi citado para responder a um pedido de direito de resposta ajuizado pela Coligação Brasil da Esperança, que contesta um conteúdo publicado por ele nas redes sociais”. No Instagram a postagem foi marcada como falsa após verificação de agências de checagem. O vídeo com a informação falsa registrou mais de 27 milhões de reproduções até a noite de quinta-feira, dia 20 de outubro.

Ao contrário do que é sugerido na filmagem, o documento expedido pela Justiça Eleitoral não contém nenhuma ordem ou orientação expressa sobre o que deveria ser esclarecido às pessoas que o seguem na internet. O cantor, portanto, apenas foi notificado da existência do pedido apresentado pela coligação para que pudesse apresentar defesa no prazo de um dia. Até o momento, ele ainda não se manifestou no processo.

A citação é gerada automaticamente para todas as pessoas que são acionadas na Corte Eleitoral. Ou seja, trata-se de um procedimento automático, burocrático, feito pela Secretaria Judiciária do Tribunal, e que não depende de qualquer decisão judicial.

O andamento do pedido pode ser consultado pelo Processo Judicial Eletrônico (PJe) do TSE.

A pesquisadora e diretora do coletivo Bereia, Magali Cunha, alertou que a estética do vídeo de Valadão segue premissas de grupos religiosos que abordam a perseguição religiosa, um tema fundamental na estratégia de desinformação neste segundo turno. A advogada Samara Castro, especialista em direito eleitoral, analisa que o vídeo tem um potencial lesivo porque sua intenção é descredibilizar o TSE e acusá-lo de censor. Castro entende que o vídeo pode ser alvo de pedido de remoção e o autor de retratação.

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