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Nos EUA, OpenAI bane chatbot que imita candidato à presidência

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Após a OpenAI disponibilizar suas tecnologias para criação de chatbots, a empresa parece estar empenhada em pôr em prática a nova política que proíbe a criação de GPTs para campanhas políticas. Neste final de semana, com o início das eleições primárias nos Estados Unidos, a corporação baniu um chatbot que imitava o candidato democrata à presidência, Dean Phillips. Essa já é considerada a primeira ação da gigante de tecnologia contra desinformação e usos indevidos de suas tecnologias em períodos eleitorais.

De acordo com a OpenAI, a ferramenta Dean.Bot – criada por empresários do Vale do Silício para apoiar a candidatura do deputado democrata – violou as políticas da empresa, o que acarretou no bloqueio do perfil do desenvolvedor responsável pela funcionalidade. No site, era possível conversar com uma imitação de voz do candidato, que disputa junto com o atual presidente Joe Biden a liderança do partido democrata para as eleições de novembro, a partir de comandos dados por meio de textos.

Nesta segunda-feira (22), o site do Dean.bot continuava no ar, mas a função de conversa com o bot estava desabilitada. “Esperamos que estas ferramentas de IA sejam utilizadas para o bem e, pelo menos, comecemos a ter conversas mais importantes sobre como regular o seu desenvolvimento futuro para garantir que sejam utilizadas de uma forma positiva para a democracia”, traz a página da ferramenta.

Com a recente abertura do GPT Store, loja que reúne versões de chatbots personalizados com as tecnologias de Inteligência Artificial da empresa norte-americana, a OpenAI também atualizou sua política de uso para prevenir abusos e proibir a utilização do ChatGPT e sua API para criação de aplicações para campanhas políticas e lobby.

Uma dessas novas regras era justamente a proibição da criação de chatbots que fingissem ser pessoas reais, como candidatos ou instituições, como fizeram os apoiadores de Dean Phillips. Outra regra anunciada pela empresa não permite que candidaturas tentem dissuadir as pessoas de participar em processos democráticos, seja desinformando sobre quando e onde votar, seja desencorajando a votação.

Além dessa atualização, no início de janeiro, a gigante da IA também alertou aos desenvolvedores sobre os usos das tecnologias da empresa, lembrando que as aplicações deverão seguir a Política de Uso da OpenAI, que proíbe, por exemplo, produção de desinformação e de campanhas políticas em massa. As novas medidas da OpenAI vêm num momento em que o mundo já inicia o mega ciclo de eleições, com mais de 65 países realizando pleitos eleitorais e em meio ao crescimento da popularização das tecnologias de IA e o receio do uso dessas funcionalidades para influência política.

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