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jul 25, 2023 | Destaques, geral, Notícias

Abuso infantil circula no Mastodon, indica pesquisa da Universidade de Stanford

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Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, encontraram, em apenas dois dias, 112 imagens de abuso sexual infantil (CSAM, sigla em inglês) no Mastodon, a primeira delas apareceu após cinco minutos de pesquisa, de acordo com o The Verge.

“Recebemos mais acessos de fotoDNA em um período de dois dias do que provavelmente tivemos em toda a história de nossa organização fazendo qualquer tipo de análise de mídia social, e não chega nem perto”, disse David Thiel, um dos pesquisadores do relatório ao The Washington Post.

A pesquisa também registrou, entre as 325.000 publicações analisadas, 713 usos das 20 hashtags principais sobre o tema, além de 1.217 publicações de texto e 554 peças que correspondiam a hashtags ou palavras-chave frequentemente usadas por grupos de abuso sexual infantil on-line.

O Mastodon é uma rede descentralizada e uma das principais redes alternativas ao Twitter. Por esse descentralização, a moderação do conteúdo é feita em uma escala menor pelos próprios moderadores dos servidores. Ou seja, não há uma operação como nas grandes plataformas.

“Muito disso é resultado do que parece ser uma falta de ferramentas que as plataformas de mídia social centralizadas usam para abordar questões de segurança infantil”, disse Thiel sobre a questão.

Além do Mastodon

Não é só no Mastodon que conteúdos de abuso sexual infantil circulam sem moderação. Em junho, uma outra pesquisa do Observatório da Internet da Universidade de Stanford destacou que o Twitter não estava removendo conteúdo de abuso e pornografia infantil. Através de um sistema de detecção, os pesquisadores identificaram, em meio a 100 mil tweets, 40 imagens ilegais de abuso infantil, que inclusive já haviam sido sinalizadas anteriormente como tal e estavam em um banco de dados para o rastreamento nas plataformas. 

O Observatório também encontrou esse tipo de conteúdo no Instagram, onde os criminosos publicavam as imagens e vídeos em “menus” de conteúdo, de acordo com o Núcleo Jornalismo. O site brasileiro também publicou, nos últimos meses, uma série de denúncias sobre a circulação de pornografia e exploração sexual infantil em grupos do Facebook, Kwai, TikTok e no ICQ.

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