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Ataques ao jornalismo e violência política permeiam segundo debate entre presidenciáveis

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Seis candidatos à presidência participaram neste sábado (24) de debate presidencial organizado pelos veículos de comunicação SBT, CNN, Estadão, Veja, Terra e Nova Brasil FM, o segundo realizado desde o início da campanha eleitoral. Em meio a troca de acusações, ataques ao jornalismo e violência política permearam o debate. Incomodados com as perguntas realizadas pelos jornalistas, os candidatos Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Padre Kelmon (PTB) criticaram a atuação dos profissionais.

“Uma das coisas graves que o Lulopetismo corrupto está produzindo no Brasil é a morte do jornalismo”, disparou o candidato Ciro Gomes ao ser perguntado sobre quem apoiaria em um eventual segundo turno entre os dois candidatos mais bem colocados de acordo com as pesquisas de intenção de voto: Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). “Como é que nós estamos em um debate, eu me apresentando como candidato a presidente da República, sou agora convidado a refletir sobre o movimento que teoricamente eu deveria fazer nesta ou naquela outra direção. Isso no mínimo é uma falta de respeito ao eleitor”, prosseguiu Gomes.

Já o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, ao ser perguntado sobre os casos de violência política protagonizados por seus apoiadores e que culminaram com a morte de apoiadores do candidato Lula, acusou o jornalismo de não ser sério. “Querer me responsabilizar dessas ações não tem cabimento […] Querer imputar a mim essa responsabilidade foge do jornalismo minimamente sério. Nós queremos a paz e queremos a tranquilidade”, disse em resposta. Padre Kelmon também não ficou satisfeito com a pergunta que recebeu sobre a Lei de Cotas e recriminou a classe jornalística: “vocês inventam argumentos para colocar um contra o outro”.

Além da imprensa, o Supremo Tribunal Federal também foi alvo de críticas. Em resposta ao jornalista Márcio Gomes (CNN) sobre a relação de seu governo com o judiciário, Jair Bolsonaro acusou a instituição de ativismo judicial e disse que a atuação da corte mudará caso seja reeleito: “O Supremo não é um poder que está imune a críticas. Eles fazem muita coisa errada. Não é pouca não. Ciro, se coloca no meu lugar: governar o país com ativismo judicial, como existe no Supremo Tribunal Federal. Tenho certeza, caso reeleito, indicarei mais dois para o Supremo, com quatro pessoas lá dentro, pensando em prol do Brasil, o Supremo mudará a forma de agir”.

Violência política

Sobre a violência política contra os eleitores, abarcada na pergunta da jornalista Clarissa Torres (Veja) a Bolsonaro, Ciro Gomes atribuiu o cenário ao Partido dos Trabalhadores: “quem criou essa história do ‘nós contra eles’ foi o PT”, disparou.

Além dos eleitores, a violência política também atinge os candidatos, com mais ênfase as candidatas mulheres, como lembraram Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). Um levantamento conduzido pelo InternetLab, Revista Azmina e Núcleo Jornalismo apontou que apenas em dois dias após o primeiro debate, as presidenciáveis receberam 6.661 mil ofensas no Twitter. “Eu não sei quem são os candidatos que estimulam esse tipo de ataque nas redes sociais, não podemos mais andar nas ruas porque somos atacadas por pessoas covardes”, colocou Thronicke.

As eleições acontecem no próximo dia 2 e, na próxima quinta-feira, acontece o terceiro e último debate de presidenciáveis na TV Globo.

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