O presidente Lula da Silva tomou posse no último domingo (1) e desde então acampamentos bolsonaristas são desmobilizados e estão esvaziando em todo o país. Em algumas cidades as estruturas já foram encerradas, em outras o quórum diminuiu de forma significativa.
De acordo com o jornal O Globo, o quartel general de Brasília, que já chegou a receber 2.500 pessoas, contabilizava apenas 300 na segunda-feira (2). A estrutura montada remetia a quase uma cidade fantasma habitada por animais que foram atraídos por restos de comida deixados no local. A reportagem indicou que os próprios militares começaram a retirar as tendas após a saída de manifestantes.
Na capital do Rio Grande do Norte, o acampamento em frente ao quartel também durou até a virada do ano. Já na segunda-feira não existia mais nenhum resquício dos manifestantes que estavam ali desde o fim do segundo turno das eleições. Em Juiz de Fora (MG), a cena é a mesma, de acordo com o portal G1.
Os movimentos eram formados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que não aceitavam a vitória de Lula no último pleito e passaram a reivindicar pautas como novas eleições e até mesmo intervenção militar. Durante os dois meses que as manifestações seguiram, ocorreram bloqueios de estradas, queima de veículos e tentativa de invasão à Polícia Federal em Brasília.
Com o esvaziamento nas portas de quartéis, em canais de aplicativos de mensagens aos quais o *desinformante teve acesso, manifestantes clamam para que companheiros permaneçam na porta dos quartéis militares. O discurso é acompanhado de narrativas antidemocráticas e informações falsas.O discurso é acompanhado de narrativas antidemocráticas e informações falsas.
Na última semana de 2022, o atual ministro da justiça, Flávio Dino, destacou em entrevista à Globo News que esses crimes e atos antidemocráticos serão apurados e responsabilizados com o rigor da lei.
No seu discurso de posse, Lula também pontuou que será garantido o primado da lei, sem sentimento de revanche. “Quem errou responderá por seus erros, com direito amplo de defesa, dentro do devido processo legal. O mandato que recebemos, frente a adversários inspirados no fascismo, será defendido com os poderes que a Constituição confere à democracia”, disse Lula.