O TikTok afirmou nesta quarta-feira (15) que excluiu da plataforma 10.437 vídeos que promoveram terrorismo e espalharam desinformação sobre o processo eleitoral durante o 8 de janeiro e nos dias seguintes ao ataque à Praça dos Três Poderes. A empresa se comprometeu a continuar aperfeiçoando a forma como lida com conteúdos que podem ser danosos para o processo cívico.
Desse número de vídeos removidos, 1.304 violaram a política de extremismo (ameaçando e incentivando à violência e ao terrorismo), 5.519 transgrediram a política de desinformação com riscos a danos no mundo real e 3.614 por violarem a política de desinformação específica para eleição.
A plataforma também afirmou que, após o 8 de janeiro, recebeu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a determinação de remoção de apenas 5 vídeos. De acordo com a Folha, os dados também foram repassados ao Tribunal pela empresa, medida inédita em relação às demais big techs.
Em comunicado, o TikTok considerou o cenário eleitoral do Brasil como “único” e afirmou que atuou em prol da remoção de conteúdos falsos que questionaram a integridade eleitoral e o resultado das urnas.
Também foram removidos 66.020 vídeos entre 16 de agosto e 31 de dezembro que violaram políticas de desinformação sobre eleições, sendo 91% deles detectados proativamente e 79% removidos antes de qualquer visualização. Durante a campanha eleitoral, pesquisadores flagraram diversos vídeos com conteúdo antidemocrático circulando livremente pela plataforma de vídeos curtos.
A empresa também afirmou que seguirá investindo em sistemas de detecção e moderação de conteúdos avançados para remoção rápida de conteúdos de desinformação eleitoral. “Vamos seguir revisando e ampliando a forma como lidamos com esses casos que podem ser danosos em processos cívicos”, trouxe o posicionamento.