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JORNALISMO: Entrevista com Sérgio Spagnuolo, editor-executivo do Núcleo

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Esta entrevista faz parte da Série “Legados das eleições 2022”. São 3 perguntas para atores do debate da desinformação

*desinformante – O que mudou na cobertura da campanha com a onipresença da desinformação?

Eu jamais diria que há uma onipresença de desinformação. Temos jornalistas, pesquisadores e autoridades constantemente trabalhando para evitar que a desinformação seja danosa. O que existe são campanhas coordenadas por certos grupos para espalhar desinformação o máximo possível para promover suas pautas e seus interesses. Isso foi bem presente neste ano, mas talvez menos do que em 2018, especialmente por conta de uma atuação mais assertiva do TSE (às vezes até assertiva demais). O que mudou na cobertura da campanha foi, principalmente, que agora jornalistas e pesquisadores sabiam onde buscar e encontrar desinformação danosa, e muitas matérias e checagens foram feitas para contra-atacar as mentiras mais danosas.

 *desinformante – Vocês fizeram colaborações com outros veículos e entraram na área de monitoramentos, o jornalismo vai ter de passar por aí pra dar conta da política no cenário da desinformação?

Sérgio Spagnuolo – Fizemos colaborações com Agência Pública, Aos Fatos e Revista AzMina nessas eleições. Monitoramento de redes é algo que fazemos faz tempo, até porque desenvolvemos nossa própria tecnologia. Monitoramento é uma parte muito fundamental do jornalismo atualmente, sem ele a gente fica no escuro.

*desinformante – O que perceberam que funcionou (ou não)?

Sérgio Spagnuolo – Monitoramento certamente funciona. Jornalismo também. Talvez uma coisa que não funcione tão bem é uma tentativa de trabalhar com plataformas para combater desinformação. É muito difícil obter dados e respostas claras das grandes plataformas. Eles possuem algumas páginas de transparência, mas às vezes desinformação vai mais a fundo do que eles mostram. Alguns veículos possuem acessos a ferramentas dessas empresas, mas em geral a colaboração com elas poderia ser bem mais estreita, especialmente para veículos menores como a gente.

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