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Candidatos falam de desinformação e se comprometem a respeitar o Supremo

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No primeiro debate de segundo turno, promovido por um pool de imprensa e transmitido na TV aberta pela Band , os candidatos Lula e Bolsonaro ficaram frente a frente respondendo perguntas de jornalistas e de um para o outro. O tema da religião, que dominou os últimos debates, não apareceu desta vez. Corrupção, pandemia, economia e meio ambiente foram alguns dos temas discutidos, menos em termos de propostas e mais pontualmente na forma de acusações sobre falhas dos respectivos governos. Apesar de considerado mais “civilizado” que os encontros anteriores, os dois se chamaram de “mentiroso” em praticamente todos os blocos. “Você é o rei das fake news. O rei de mentir pra sociedade inteira”, acusou Lula. “Vocês são especialistas em pegar o vídeo e cortar o pedaço que interessa”, rebateu Bolsonaro.

O tema da desinformação foi trazido pela pergunta da jornalista da Folha de S. Paulo, Patrícia Campos Mello, que disse que a campanha estava repleta de fake news, sobre o sistema eleitoral, sobre as urnas, sobre vacina, sobre saúde pública. “Jair Bolsonaro já teve inúmeras declarações removidas da internet. A campanha de Lula também teve desinformação retirada. Os senhores se comprometem com a criação de uma lei para que servidores públicos e autoridades sejam punidos no caso de emissão de fake news? Sim ou não”.

Nenhum dos candidatos se comprometeu objetivamente com a regulação da desinformação. Lula abordou o nível da campanha, repleta de mentiras, e disse que sempre que há episódios de inverdades a campanha aciona a Justiça. Bolsonaro leu a sentença do presidente do STF Alexandre de Moraes, determinando a remoção de conteúdo, pela campanha petista, de conteúdo que o vincula a pedofilia.

Os candidatos foram perguntados sobre a intenção de alterar a composição do STF. A pergunta foi feita pela jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que se compromete a não levar adiante “nenhuma proposta” que discuta possível aumento do número de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A ideia foi aventada e defendida por aliados do Planalto para aumentar de 11 para 15 a 17 cadeiras, garantindo maioria ao governo Bolsonaro em caso de reeleição.

“Da minha parte está feito o compromisso, não terá nenhuma proposta como nunca estudei isso com profundidade”, disse Bolsonaro.

Lula disse que “não é democrático” um presidente querer ter “amigos” no tribunal. “Você não indica ministro da Suprema Corte para votar favoravelmente a você para se beneficiar. Ministro da Suprema Corte tem que ter currículo, tem que ter história”, disse o petista. “Tentar mexer na Suprema Corte para colocar amigo, companheiro, partidário é um retrocesso que a República brasileira já conhece”. O ex-presidente disse ainda que, se ocorrer uma discussão de uma nova constituição, “pode discutir” a possibilidade de um mandato.

Nos minutos finais, o candidato Jair Bolsonaro disse que é o candidato da “liberdade de expressão”.

As agências de checagem Lupa e Aos Fatos fizeram a verificação em tempo real das declarações dos candidatos.

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