Acabamos de comemorar mais um aniversário por aqui e hoje eu vou sergiomorizar o texto, sendo absolutamente parcial para falar sobre esse trabalho que, se você ainda não entendeu a importância dele, você está vivendo errado.
Eu não sou uma estudiosa do fenômeno da desinformação como são meus colegas de bancada (não tem bancada nenhuma, mas jornalistas sempre falam isso e eu sempre quis falar também), mas sou interessada no tema e, principalmente, eu sou da treta, sou do furdunço, sou da importância das palavras, da necessidade do senso crítico, sou do debate, me venha com uma réplica que eu te meto minha tréplica.
Eu comecei a me interessar pelo tema da desinformação na cadeira da faculdade de Direito há 25 anos? Não. Nas empresas, instituições e repartições públicas por onde passei como advogada? Também não. A desinformação me bateu forte como um problema quando eu fui mãe. O parto e o aleitamento materno são cercados de tanta desinformação que eu, desejosa por estar bem no olho do furacão fiz o quê? Me tornei Doula. Daí em diante, meus asterisquinhos, não preciso nem dizer que não parei mais pq todo dia era uma asneira diferente sobre parentalidade e, como se pouco fosse, vieram as eleições de 2018 e os impactos da desinformação a partir de então vocês conhecem pois viveram.
Na última semana, fazendo um trabalho de retrospectiva destes dois anos, eu me deparei com tanta, mas tanta produção importante que deixei de lado meu raio-problematizador e assumi o risco de sair por aí dizendo coisas do tipo: “escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.”
Pesquisadores são avessos à cabotinagem, mas nesta semana do aniversário de 2 anos, excepcionalmente, ela está liberada.
Fato é que, se você rolar nosso feed e for lá fuçar nosso site, você vai ver que fizemos parcerias incríveis: Tribunal Superior Eleitoral, Instituto Marielle Franco, Instituto Vladimir Herzog, Alma Preta Jornalismo, Procomum. Eu não sei os meus colegas, mas eu liguei pra minha mãe para contar sobre elas como quem dissesse: “mãe, tô na Globo.” Até porque, o *desinformante já esteve na Globo, quando pesquisadores e ativistas reunidos na Sala de Articulação contra Desinformação (SAD), que ajudamos a construir, publicou um importante documento de recomendações para a regulação das plataformas digitais no Brasil.
Quer ler sobre desinformação, legislações relacionadas ao tema e regulação de plataformas no Brasil e mundo afora? Pois tome, temos! É desinformação socioambiental que você quer? Temos também. O que te interessa é a área da saúde? Aham, vai lá. Mas se você está preocupade com os impactos da desinformação ou o uso excessivo de telas por crianças e adolescentes, sabe onde você vai encontrar? Aqui no *desinformante também, nas inúmeras matérias e vídeos que temos sobre o tema. E já estamos construindo uma página especial para capturar e sistematizar os efeitos da Inteligência Artificial na sociedade. E já estamos de olho nas eleições municipais de 2024 a partir da abordagem do cenário da desinformação.
Se eu puder te dar três conselhos, aí vão eles: beba água, destrua o patriarcado e siga o *desinformante nas redes.