O WhatsApp e o Facebook – ambas redes da Meta – são os aplicativos mais usados em oito países da América Latina, da África e do Sul da Ásia, considerados do Sul Global. De acordo com uma pesquisa do Pew Research Center, em 2023 a média de usuários do WhatsApp em relação à totalidade da população foi de 73% e a do Facebook de 62% em países como Argentina, Brasil, Índia, Indonésia, Quênia, México, Nigéria e África do Sul.
No Brasil, a média de uso dos dois aplicativos é ainda maior que nos outros países, 90% dos brasileiros usam o WhatsApp e 75% o Facebook. O terceiro aplicativo mais usado também faz parte do grupo Meta, 63% usam o Instagram, 51% o TikTok, 28% o Telegram e 22% usam o X (ex-Twitter).
A pesquisa mostra a presença massiva do WhatsApp em países considerados de “renda média” em comparação com os Estados Unidos, em que apenas 29% usam, mas é onde está a sede da empresa. “Mas o Facebook é mais popular nos EUA do que em algumas dessas nações de renda média. Cerca de dois terços dos adultos nos EUA (68%) usam o Facebook, em comparação com parcelas menores no Quênia (62%), África do Sul (61%), Nigéria (56%), Indonésia (53%) e Índia (39%)”, acrescentam os pesquisadores.
O Telegram, indica o estudo, é o aplicativo menos usado na maioria dos países dos países pesquisados, mas no Brasil ele ainda alcança 28% dos usuários, sendo o X (ex-Twitter) a plataforma menos usada pelos brasileiros dentro dessa amostra pesquisada. Outro dado relevante que a pesquisa traz é o uso do TikTok na Índia, 13% da população usa o aplicativo, mesmo que ele seja oficialmente banido de lá.
De acordo com o relatório, os jovens são muito mais propensos a usar mídias sociais. “Por exemplo, na Índia, três quartos dos adultos de 18 a 29 anos usam o WhatsApp, em comparação com apenas 17% daqueles com 50 anos ou mais. Esse padrão é consistente em quase todas as plataformas de mídia social que perguntamos, embora as diferenças nem sempre sejam tão grandes”, disseram os pesquisadores.
Outro achado reforça que pessoas com mais renda têm mais probabilidade de usar a maioria das redes sociais. Por exemplo, destaca o estudo, 63% dos nigerianos com renda acima da média nacional usam o Facebook, em comparação com 41% dos nigerianos que ganham menos que a média.