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Venezuela bloqueia X e Signal, após ataques de Maduro

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A Venezuela bloqueou o acesso ao aplicativo de mensagens Signal e da rede social X, na semana passada, após o presidente Nicolás Maduro atacar as plataformas digitais, responsabilizando-as pelos episódios de violência e de protestos que ganharam o país após as eleições presidenciais.

O Netblocks, projeto que acompanha a liberdade da Internet no mundo, confirmou na última quinta-feira (8) que ambos os aplicativos estavam bloqueados no país sulamericano. No caso do Signal, porém, os cidadãos ainda conseguiam acessar no modo “evasão de censura”, que faz com que os dados “peguem carona” em domínios confiáveis e conseguiam, assim, enviar e receber mensagens sob condições de bloqueio.

Na sexta-feira (9), Maduro anunciou o bloqueio de 10 dias do X (antigo Twitter), sob a acusação de que a plataforma violou as leis do país ao incitar a guerra civil entre os venezuelanos. De acordo com o presidente, o prazo foi posto para a empresa entregar documentos solicitados pelas autoridades venezuelanas.

“[A rede social] violou todas as normas da própria rede social Twitter, hoje conhecida como X, e tem viola incitando o ódio, o fascismo, a guerra civil, a morte e o enfrentamento entre os venezuelanos e, com isso, violou todas as leis da Venezuela e na Venezuela há lei. Vamos respeitar a lei”, afirmou Maduro em um encontro com comunas e movimentos sociais, em Caracas.

Maduro trocou acusações com o dono do X, Elon Musk, afirmando que o bilionário estaria por trás de um suposto ataque hacker que desestabilizou o sistema de comunicação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela no dia da eleição. Musk também vem criticando Maduro na rede social – o perfil do empresário é o mais seguido do X.

O Signal anunciou que está ciente que o aplicativo estava sendo bloqueado em “diversos países” e orientou aos usuários como fazer para habilitar o modo específico para funcionar sob censura estatal.

Na semana após as eleições, quando diversos protestos e casos de violência assolaram o país, Maduro já tinha atacado o WhatsApp e o TikTok, afirmando que as plataformas eram responsáveis por “dividir os venezuelanos” e para “trazer o fascimo à Venezuela”. Casos de restrição de informações a jornalistas, com bloqueio de sites jornalísticos também foram denunciados pela imprensa venezuelana antes do pleito do dia 28 de julho.

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