O comissário da União Europeia, Thierry Breton, anunciou hoje (30/4) no X (ex-Twitter) que o bloco de países abriu um processo contra a Meta por suspeita de violação das obrigações da Lei de Serviços Digitais (DSA na sigla em inglês) no que se refere à proteção da integridade das eleições.
Segundo Breton, a big tech não moderou adequadamente anúncios políticos com golpes e interferência estrangeira, não está oferecendo acesso adequado a dados para monitoramento eleitoral e não tem uma ferramenta compatível para sinalizar conteúdo ilegal. As irregularidades foram encontradas no Facebook e no Instagram.
Matéria do jornal Financial Times, publicada no dia 29/4, informa que a preocupação de Bruxelas seria com desinformação russa que pode atrapalhar as eleições do bloco marcadas para junho.
“Os responsáveis da UE estão particularmente preocupados com a forma como as plataformas da Meta estão lidando com desinformação russa, mas a comissão, no entanto, não deverá destacar a Rússia na sua declaração e apenas fará referência à manipulação de informação por estrangeiros”, relata o jornal.
Os investigadores também estariam preocupados com o encerramento do CrowdTangle, marcado para maio, uma ferramenta que mostra aos pesquisadores e jornalistas como o conteúdo está se espalhando pela rede.