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nov 23, 2022 | destaques, notícias

TikTok exclui milhões de vídeos inseguros para menores

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Mais de 216 milhões de vídeos foram removidos pelo TikTok durante o primeiro semestre de 2022 por violarem as diretrizes de segurança ou os termos de serviço da plataforma, de acordo com último Relatório de Aplicação das Diretrizes da Comunidade divulgado pela empresa. Conteúdos que ferem a segurança de menores foram os principais temas excluídos pela plataforma.

O número do primeiro semestre deste ano representa um aumento de 50% em relação a remoção de vídeos no mesmo período de 2021, quando foram excluídos mais de 143 milhões de conteúdos.

O pico de remoção em 2022 foi identificado no segundo trimestre, com quase 114 milhões de conteúdos entre abril e junho, sendo este número o equivalente a apenas 1% de todas as publicações feitas por usuários globais durante o período.

Desse montante, 43% foram removidos para segurança de menores de idade, o que representa cerca de 49 milhões de vídeos. Dentre as publicações que feriram essa política da plataforma, em sua grande maioria (75%) continham nudez ou atividade sexual com crianças e adolescentes.

De acordo com o próprio TikTok, enquadram-se nessa categoria publicações que envolvam, por exemplo, “menores com roupas mínimas” e “dança sexualmente explícita”, sendo estes dois os principais motivos de exclusão de conteúdo.  Materiais de abuso sexual infantil são contabilizados separadamente.

Também foram identificados e excluídos conteúdos sobre atividades prejudiciais a crianças e adolescentes (15,9%), danos físicos e psicológicos (4,3%), exploração sexual (2,4%) e aliciamento (1,9%) de menores.

Durante abril e junho de 2022, o Brasil teve quase 4 milhões de publicações gerais removidas, ficando na frente de países como Reino Unido, França e México. Estados Unidos e Paquistão foram as duas nações com mais vídeos excluídos pela plataforma, com 17 e 15 milhões respectivamente.

As remoções de conteúdo, segundo a empresa, fazem parte das iniciativas para preservar o ambiente digital e as diretrizes criadas pela própria empresa. “O TikTok usa uma combinação de tecnologias inovadoras e pessoas para identificar, examinar e tomar medidas contra conteúdos que violem as nossas políticas”, diz o relatório.

Perfis privados escapam da moderação de conteúdo

Recentemente, a Forbes denunciou a presença de perfis privados que compartilham  material ilegal de abuso sexual infantil. Escondidas pela configuração que as tornam visíveis apenas a quem tem acesso, as contas publicam vídeos de crianças e adolescentes com teor sexual. A visualização do material é feita a partir do compartilhamento de senhas e logins desses determinados perfis.

“O grande volume de contas que publicam de forma privada que a Forbes identificou – e a frequência com que novas aparecem tão rapidamente quanto as antigas são banidas – destaca um grande ponto cego onde a moderação está falhando e o TikTok está lutando para impor suas próprias diretrizes , apesar de uma política de “tolerância zero” para material de abuso sexual infantil”, diz o texto da revista.

Em resposta, o TikTok afirmou que sempre que um vídeo é carregado na plataforma – incluindo vídeos postados que podem ser visualizados apenas pelo titular da conta – o conteúdo é avaliado por meio de moderação automatizada.

“O TikTok tem tolerância zero para todo material contendo abuso sexual infantil e esse comportamento abominável é estritamente proibido na plataforma. Removemos imediatamente qualquer conteúdo desse tipo quando tomamos conhecimento, banimos contas e fazemos denúncias ao NCMEC (National Center for Missing & Exploited Children)”, declarou a empresa ao *desinformante.

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