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jan 15, 2025 | Destaques, Notícias

Prazo para a venda do TikTok nos EUA se aproxima e plataforma pode ser banida no país

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O prazo final dado por uma lei nos Estados Unidos para que a ByteDance venda o TikTok sob pena de bloqueio no país está próximo: chega ao fim no domingo, dia 19, véspera da posse do presidente Donald Trump. Mas, de acordo com a Reuters, a empresa tem uma carta na manga. Caso a Suprema Corte do país não suspenda a decisão do banimento, a plataforma pretende encerrar o aplicativo para usuários dos EUA a partir do domingo fazendo com que a decisão do governo norte-americano seja aplicada de maneira diferente da esperada.

Isso porque a lei determina a proibição apenas de novos downloads do aplicativo nas lojas dos dispositivos móveis. De acordo com fontes ouvidas pelo veículo, quem teria a plataforma instalada no celular, por exemplo, ainda poderia acessar o TikTok por alguns dias. Assim, a empresa planeja lançar uma campanha de comunicação para os usuários remanescentes alertando sobre o impacto do banimento.

No final do ano passado, a Suprema Corte dos EUA decidiu ouvir a contestação do TikTok à lei, assinada pelo presidente Joe Biden em abril do ano passado. Na última sexta-feira (10), a corte recebeu representantes do governo e da empresa chinesa, mas ainda se mostrou inclinada a manter a legislação em vigor, que proíbe a distribuição de aplicativos controlados por adversários estrangeiros dos EUA.

De acordo com o The New York Times, na sexta, alguns juízes expressaram preocupação de que a lei contrastava com a Primeira Emenda da constituição norte-americana, mas a maioria reconheceu que o texto não visava sobre os direitos de expressão dos cidadãos, mas da propriedade da plataforma, controlada por uma empresa chinesa.

Na ocasião, representantes governamentais sustentaram que a lei é necessária para combater a desinformação secreta da China e impedir o governo chinês de coletar informações privadas sobre os norte-americanos. O argumento de influência internacional foi levantado desde 2022, quando os primeiros projetos legislativos de banimento do aplicativo começaram a surgir nos estados norte-americanos.

O prazo deste domingo pode ser estendido por mais 90 dias caso a empresa tenha dificuldades de achar algum comprador para a plataforma. Na sessão da sexta-feira, porém, o advogado do TikTok, Noel Francisco, indicou que a empresa não tem planos de vender a rede. “No dia 19 de janeiro, pelo que entendo, encerramos as operações”, disse ele.

Com o possível banimento iminente da plataforma, a Wired chegou a afirmar que essa seria a primeira vez que uma rede social seria extinta no país sob medida governamental. “Muitas plataformas perderam relevância ou simplesmente morreram — Friendster, Myspace, Vine — mas nunca antes o governo dos EUA empurrou uma plataforma de mídia social para seu próprio túmulo”, escreveu o jornalista Jason Parham no portal de notícias sobre tecnologia.

Um fator que ainda deve ser levado em consideração neste cenário é o início do governo Trump, que já se mostrou simpático ao TikTok em meio ao movimento crítico dos políticos norte-americanos. Durante a campanha presidencial no ano passado, o republicano disse em algumas ocasiões que ainda considerava a plataforma uma “ameaça nacional”, mas reconhecia o seu impacto e importância nos jovens do país.

Interessados pelo TikTok

Mesmo com o TikTok aparentemente jogando a toalha, possíveis compradores da rede já foram noticiados pela imprensa. Nesta semana, a mídia internacional chegou a afirmar que o governo chinês estava considerando Elon Musk para adquirir as ações do aplicativo nos EUA caso a Suprema Corte não interrompesse a decisão de banimento. Mais detalhes sobre a possível transação não foram compartilhadas.

Já na semana passada, um consórcio de empresários também afirmou ter feito uma oferta à empresa chinesa. O Projeto Liberty, uma organização focada em tecnologias digitais e coordenada por Frank McCourt, não divulgou o valor da proposta, mas afirmou que havia reunido investidores de alto patrimônio líquido para realizar a transação. Uma campanha para a compra da rede foi lançada no site do movimento.

>> Veja também: onde o TikTok foi banido no mundo?

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