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dez 22, 2021 | Destaques, Notícias

Plataformas fazem pouco para moderar fake news, aponta estudo

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A dinâmica das plataformas favorece a ocorrência da desinformação, porém pouco se sabe sobre as medidas que são adotadas em momentos críticos, como as eleições e a pandemia de Covid-19, quando o conteúdo falso ou impreciso tem maior disseminação. O Intervozes publicou um estudo no qual analisa as medidas adotadas pelo Facebook, Instagram, WhatsApp, YouTube e Twitter no combate à desinformação desde 2018 até meados de 2020. O livro com os resultados expandidos do estudo foi publicado agora. Entre as plataformas que mais apresentam medidas neste sentido estão Twitter e YouTube. Pesquisadores identificaram menos ação nas plataformas do grupo Meta. 

As informações sobre as medidas são escassas e dispersas, de maneira que a verificação das ações fica restrita às alegações das empresas, aproximando-se mais de promessas não comprováveis. Para analisá-las, os pesquisadores do Intervozes usaram quatro categorias: abordagem do fenômeno, moderação de conteúdo, promoção de informações e transparência, assim como medidas correlatas.

Um dos problemas identificados em relação à abordagem do fenômeno é que as empresas não trabalham com uma conceituação unificada sobre desinformação. Isso abre margem para que a moderação seja feita com decisões unilaterais e pouco claras.

Em relação à moderação de conteúdo desinformativo, a verificação por agências externas é a prática mais comum. Pesquisadores lembram que a prática tem uma complexidade, como analisar os “tons de cinza” entre um e outro extremo e o risco de produzir avaliações questionáveis. 

Durante a maior parte do período analisado, as plataformas resistiram em remover conteúdos desinformativos, só adotando tais medidas com o agravamento da pandemia e da disseminação de conteúdo falso e enganoso nas plataformas. O processo ainda é pouco transparente, deixando dúvidas sobre as diretrizes adotadas. Um exemplo é a redução do alcance, que não tem eficácia comprovada devido à falta de dados das plataformas.  

O ponto mais problemático em termos de transparência é a ausência de um balanço das ações propagandeadas, que são reportadas de maneiras escassas e dispersas.  

Sobre medidas correlatas, Twitter e YouTube saem na frente. Essas plataformas adotam medidas para proibir contas inautênticas, contas e ferramentas automatizadas e mídias manipuladas. Também proíbem a veiculação de discurso de ódio. Em compensação, não há medidas de restrição à circulação de mensagens. Nas plataformas do grupo Meta, esses pontos são discrepantes e nem todos são adotados. Leia o sumário executivo aqui e estudo completo no livro publicado esse ano.

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