O TikTok e a Meta anunciaram, nesta terça-feira (27), a ampliação dos serviços de controle parental oferecidos pelas empresas. A plataforma de vídeos curtos divulgou que a função de filtrar palavras-chave está agora disponível na Sincronização Familiar, já a Meta lançou mais maneiras para pais e adolescentes gerenciarem o tempo em seus aplicativos.
Mais de 850.000 adolescentes e famílias utilizam a sincronização familiar, de acordo com o TikTok. A partir da mudança anunciada hoje, esse mecanismo receberá a possibilidade de que os pais e responsáveis elejam palavras-chave que serão filtradas para que não apareçam no feed dos jovens de 13 a 17 anos. “O principal objetivo desse recurso é permitir que os responsáveis possam reduzir a probabilidade de os jovens acessarem conteúdos que considerem não serem ideais”, explicou a plataforma.
A empresa também explicou que os adolescentes terão acesso às palavras que foram filtradas como uma forma de garantir os direitos dos jovens ao mesmo tempo que permite que “as famílias escolham a melhor experiência para suas necessidades”. A ideia, explica o TikTok, é que essa transparência entre jovens e responsáveis estimule conversas sobre limites e segurança online.
Em março, a empresa já havia anunciado um limite de tempo de tela para os adolescentes, indicando como padrão 60 minutos. No entanto, ao atingirem esse tempo, os adolescentes podem inserir uma senha e continuar navegando na rede.
Nesta quinta (27), a empresa também anunciou a criação de um Conselho de Jovens do TikTok, com o objetivo de “aproximar a plataforma e manter um canal aberto com os jovens que fazem parte da comunidade do TikTok, para entender ainda mais as experiências vivenciadas por cada um deles, além de buscar soluções de segurança cada vez mais eficazes e adequadas”.
A Meta também anunciou mudanças no controle parental para seus aplicativos. A empresa divulgou novas ferramentas para limitar interações indesejadas no bate-papo do Instagram e no Messenger, além de lançar o Modo silencioso no Instagram globalmente, com o intuito de incentivar os adolescentes a definir limites de tempo no Facebook e dar aos pais ainda mais maneiras de supervisionar seus filhos adolescentes no Instagram.
No Instagram, a empresa frisou já exibir alertas de segurança quando adultos que “demonstram comportamento potencialmente suspeito enviam mensagens para adolescentes” e agora incluiu novos recursos para limitar como as pessoas podem interagir e enviar mensagens para outras pessoas que não as seguem.
No controle parental, a Meta adicionou no Instagram um aviso para os adolescentes depois que eles bloqueiam alguém. “O aviso incentiva os adolescentes a adicionar seus pais para supervisionar sua conta do Instagram como uma camada extra de suporte. Por meio deste aviso, estamos nos reunindo com adolescentes em momentos específicos para lembrá-los de como eles podem se beneficiar da orientação dos pais quando se trata de navegar em suas interações online”, explicou a empresa.
Os pais agora também poderão ver quais as contas que o adolescente segue e por quais é seguido e conseguirão personalizar as notificações que recebem da supervisão parental e com qual frequência ela aparece para eles.
A big tech também anunciou ferramentas para incentivar os jovens a administrarem melhor seu tempo nas redes sociais. “Agora, os adolescentes também verão uma notificação quando passarem 20 minutos no Facebook, solicitando que eles tirem um tempo do aplicativo e estabeleçam limites de tempo diários. Também estamos explorando uma nova sugestão no Instagram que sugere que os adolescentes fechem o aplicativo se estiverem rolando os Reels à noite”, esclareceu a Meta no comunicado.
No Messenger, o controle parental também foi atualizado, mas só está disponível nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. Os responsáveis agora poderão ver o tempo que os adolescentes passam no aplicativo e poderão visualizar a lista de contatos dos seus filhos. Além disso, os pais serão notificados se o jovem denunciar alguém (caso o jovem permita o compartilhamento) e quem pode mandar mensagem para ele. “Essas ferramentas não permitem que os pais leiam as mensagens de seus filhos adolescentes”, frisou a Meta em comunicado.