A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, lançada na segunda-feira (29), mostrou que o Instagram, Facebook e WhatsApp, todas do Grupo Meta, estão entre os aplicativos mais instalados ou em maior destaque na tela principal dos smartphones brasileiros. Apesar de manter sua popularidade, o Facebook registrou queda de uso no país, junto com Twitter e LinkedIn.
De acordo com os dados trazidos pelo estudo, o Instagram foi baixado por 91% dos entrevistados, já o Facebook por 82%. Logo em seguida, vem o TikTok com 41% e Twitter com 33%. LinkedIn e Kawai somaram, cada um, 31%.
A pesquisa também mostrou que o WhastApp e o Instagram são os apps com maior destaque na tela inicial dos celulares, aquela que aparece logo quando o dispositivo é desbloqueado. As duas plataformas são as únicas que aparecem em mais da metade das páginas iniciais dos smartphones no país.
A plataforma de mensageria, de acordo com os dados divulgados, está em 59% das telas iniciais dos smartphones, representando um crescimento de 5% em relação à pesquisa anterior, realizada há seis meses. Já o Instagram, do grupo Meta, saltou de 46% para 55%.
A casadinha, chamada pelo estudo de “Whats-Gram”, também representa os apps mais abertos e com maior tempo de uso pelos brasileiros. Enquanto o WhatsApp lidera o número de sessões diárias, a plataforma de fotos e vídeos assume a dianteira no tempo de uso por dia.
“A chegada da funcionalidade nativa de pagamento com cartão dentro do WhatsApp e o avanço de campanhas de marcas com atendimento automatizado no Instagram tendem a fazer com que esses dois apps ganhem ainda mais popularidade no País a médio prazo”, projetou o estudo.
A pesquisa também identificou que algumas redes sociais tiveram queda no uso pelos brasileiros. Em seis meses, a presença do Twitter nos celulares caiu de 37% para 33%, já o LinkedIn registrou uma diminuição de 35% para 31%. Já o Facebook, mesmo se mantendo como o segundo app mais instalado e o terceiro mais presente na homescreen dos smartphones brasileiros, registrou uma queda de 3% nas instalações.
1 em 4 brasileiros já apostaram online
Outro destaque apontado pela pesquisa foi a febre de aplicativos de apostas esportivas. Conforme identificado pelo estudo, 1 em 4 brasileiros com smartphone já apostaram online por meio de um app do tipo. A popularidade meteórica dessas plataformas rendeu às empresas receita e influência no próprio futebol.
Os apostadores, em sua maioria, são homens, jovens e de baixa renda. Além disso, 60% deles reconhecem que perderam mais dinheiro do que ganharam, enquanto apenas 23% disseram ter ganhado mais do que perderam. 17% afirmaram não ter ganho, nem perdido.
Porém, mesmo que essas plataformas tenham angariado diversos adeptos no país, elas também trouxeram efeitos colaterais. Quadrilhas especializadas em subornar jogadores para manipular partidas, por exemplo, começaram a surgir depois que os apps começaram a ganhar popularidade.
“É urgente a necessidade de regulamentação dos apps de apostas esportivas no Brasil. Eles hoje operam em um limbo legal, autorizados por lei, mas sem qualquer regulamentação, nem recolhimento de impostos. Os legisladores devem considerar não apenas os aspectos tributários e esportivos, mas também sociais, discutindo com transparência e sensibilidade o risco do vício em apostas e suas consequências sobre a população mais pobre”, concluiu a pesquisa.