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Rovena Rosa/Agência Brasil

set 25, 2023 | destaques, notícias

Uso excessivo de jogos e cyberbullying são maioria nas situações sensíveis dos alunos na internet

Rovena Rosa/Agência Brasil
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Em 2022, 61% dos professores afirmam ter apoiado alunos no enfrentamento de situações sensíveis na Internet. Na edição 2021 da pesquisa TIC Educação, 49% dos professores reportavam ter apoiado alunos. A pesquisa foi lançada nesta segunda-feira (25) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Foram feitas 10.448 entrevistas em 1.394 escolas, ouvindo 959 gestores 873 coordenadores 1.424 professores e 7.192 alunos. As escolas foram públicas e particulares, localizadas em áreas urbanas e rurais, que oferecem turmas na modalidade regular de Ensino Fundamental e Médio.

O uso excessivo de jogos e tecnologias digitais foi o problema campeão dos alunos, passando de 32% em 2021 para ser o problema de 46% dos alunos no ano passado. Ciberbullying passou de 22% na edição de 2021 para 34% em 2022. Discriminação de 22% para 30%, disseminação ou vazamento de imagens sem consentimento de 12% para 26% e assédio de 14% para 20%.

92% dos coordenadores pedagógicos afirmando que o currículo da escola contemplou atividades para os estudantes sobre ao menos um desses temas sensíveis e 89% dos professores afirmam ter realizado atividades com os alunos sobre ao menos um desses temas.

Fake News e compartilhamento responsável de conteúdos e opiniões na Internet foi o principal tema escolhido para as atividades, respondido por 78% dos professores entrevistados. Outros conteúdos abordados foram: ciberbullying, discurso de ódio e discriminação na Internet, Exposição na Internet, assédio ou disseminação de imagens sem consentimento, problemas de saúde física e mental causados pela Internet, entre outros.

Há demanda para educação digital

Apesar disso, 75% dos professores ouvidos afirmam que a falta de um curso específico dificulta a adoção de tecnologias digitais nas atividades educacionais com os alunos. “Há demanda das escolas conectadas e não conectadas de formas de uso da tecnologia, de políticas de educação digital. Os educadores também precisam de formação para serem disseminadores dessas habilidades nas escolas”, afirmou Daniela Costa, coordenadora da TIC Educação.

Na hora de incorporar a tecnologia na sala de aula, os professores também enfrentam desafios: 50% dizem que os alunos ficam dispersos quando há uso de tecnologias durante as aulas. De acordo com Costa, as escolas devem cuidado na hora de proibir o uso de equipamentos tecnológicos e que isso deve ser incorporado a uma proposta pedagógica.  “Muitas vezes quando há essa restrição ao uso ou mesmo a proibição, corremos o risco de, novamente, inviabilizar oportunidades de uso para estudantes que já enfrentam desigualdades de oportunidades em outros âmbitos”, diz a coordenadora da pesquisa.

Leia mais sobre a TIC aqui.

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