O Instituto Marielle Franco é uma organização sem fins lucrativos, criada pela família de Marielle, em 2018, após o crime que chocou o mundo retratando o extremo a que a violência política contra mulheres negras pode chegar. O assassinato de Marielle Franco trouxe luz às estruturas que circundam a vida política das mulheres negras da sociedade e expôs a fragilidade da democracia brasileira. Nesse sentido, o IMF tem a missão de inspirar, conectar e potencializar mulheres negras, LGBTQIA+ e periféricas a seguirem movendo as estruturas da sociedade por um mundo mais justo e igualitário.
Durante esses anos, nosso trabalho é pautado em quatro pilares:
Lutar por justiça: seguimos nossa busca por respostas segue permanente, não medimos esforços para cobrar das autoridades que as investigações cheguem ao mandante político desse crime e saber “Quem mandou matar Marielle?”.
Regar as sementes: potencializando e dando apoio às mulheres, pessoas negras e faveladas que querem ocupar a política, para que os espaços de tomada de decisão tenham mais a cara do povo. Mari sempre dizia: “Eu sou porque nós somos”, e nós seguimos ecoando essa fala.
Multiplicar o legado: Mari é potência e seu trabalho refletia o que ela era. Nós seguimos construindo para que o seu trabalho seja espalhado e concretizado em todos os cantos. Nós não deixaremos a história da Mari ser interrompida.
Defender a memória: somos sementes fortes e bem cultivadas. Todas aquelas e aqueles que vieram antes de nós, mostram que nossos passos vêm de longe, e seguimos defendendo a memória da Mari, para que as futuras gerações sigam lembrando quem Marielle foi e o que ela representa.
Dentro da busca por justiça, na defesa da sua memória e seu legado, uma das atuações do IMF é de enfrentamento à desinformação e ao discurso de ódio. Em uma tentativa constante de apagamento e manutenção do racismo, vemos informações falsas sendo propagadas sobre a Mari, sobre seu trabalho, sua vida e família. Essa é mais uma das faces da violência política que atravessa mulheres negras, periféricas, LGBTs.
O ódio e o silenciamento propagado contra esses corpos cada dia fica mais evidente e se coloca como urgência no nosso debate também no âmbito da desinformação. Nossa luta contra informações falsas é por outras mulheres negras defensoras de direitos humanos que estão na política. Vamos juntas, juntos e juntes buscando responsabilização e conscientização de quem cria e propaga informações falsas contra Marielle e outras mulheres negras, fomentando que a violência política seja cada vez mais exercida em diversos espaços, sejam físicos ou virtuais.
Nesses anos, seguimos reafirmando não apenas nosso compromisso com a preservação da memória da Marielle, mas também assegurando que nenhuma desinformação e discurso de ódio contra Marielle será capaz de manchar a história e a luta da Mari, mulher negra, mãe, filha, irmã, favelada, LGBTs, defensora dos direitos humanos.
Conheça mais e apoie as ações do Instituto:
https://apoie.institutomariellefranco.org/