Após a divulgação de que um jogo que simulava a escravidão estava disponível no Google Play, o Ministério da Igualdade Racial entrou em contato com o Google para construir “medidas que contribuam para um filtro eficiente para que discursos de ódio, intolerância e racismo não sejam disseminados com tanta facilidade e sem moderação em espaços virtuais”.
Depois da repercussão do caso, a empresa excluiu o app da sua loja e enviou um comunicado, por meio de sua assessoria: “Temos um conjunto robusto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores. Não permitimos apps que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas. Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um aplicativo que esteja em desacordo com as nossas regras pode fazer uma denúncia. Quando identificamos uma violação de política, tomamos as ações devidas”.
Além da reunião com a empresa, o Ministério informou que irá acionar o Ministério Público para atuar no caso e para que haja a responsabilização tanto das partes que atuaram tanto no desenvolvimento, como na comercialização do aplicativo.
“O Ministério da Igualdade Racial reitera seu compromisso irreversível com a eliminação das desigualdades raciais e a promoção de políticas que coíbam a disseminação de conteúdo racista na internet, nos estádios de futebol e na sociedade como um todo”, destacou o órgão em nota.