Após eleições marcadas pelo disparo em massa de fake news ,em 2018, e com a crescente onda de ataques ao processo eleitoral brasileiro, inclusive à urna eletrônica, instituições e plataformas têm se dedicado ao combate das informações falsas. O Google divulgou, na sexta-feira (15), a ampliação de suas políticas para as eleições de 2022. Algumas das iniciativas já foram utilizadas nas eleições municipais de 2020 e têm o intuito de conectar o eleitor a informações confiáveis. 

A plataforma pretende ampliar a parceria com o Tribunal Superior Eleitoral para a criação de painéis de busca que contenham informações importantes para o eleitor, tirando dúvidas sobre o título de eleitor e o processo de votação, por exemplo. Além disso, a big tech se comprometeu a fazer um treinamento com equipes da Justiça Eleitoral e a privilegiar, na loja de aplicativos, os apps oficiais, como o e-Título, além de identificar e remover conteúdo enganoso nesse espaço.

A busca por apoiar informações confiáveis também passa pelo investimento em práticas jornalísticas. Dessa forma, o Google anunciou que seguirá financiando o projeto de checagem de fatos Comprova, a criação de cursos de fact-checking e o desenvolvimento de material sobre o combate à desinformação nas eleições por meio do EducaMídia, projeto também financiado pela empresa.

As medidas propostas, além de fortalecerem o acesso à informação confiável, também pretendem dar mais transparência ao processo eleitoral de 2022. Com a atualização das diretrizes de publicidade, os atores que quiserem fazer propaganda política na plataforma precisarão passar por um novo processo de verificação e, a partir desses dados, o Google disponibilizará o “Relatório de Transparência de Publicidade Política”, que já será disponibilizado no início do ano que vem e será atualizado frequentemente. Assim, a big tech mostrará ao público “informações sobre quem pagou, em qual plataforma aconteceu a exibição, quais os critérios de segmentação e quanto dinheiro foi gasto”.