Início 9 Destaques 9 Nos EUA, 19 Estados já têm leis para conter deepfakes nas eleições

Últimas notícias

Imagem gerada com IA da Microsoft

Nos EUA, 19 Estados já têm leis para conter deepfakes nas eleições

Imagem gerada com IA da Microsoft
COMPARTILHAR:

À medida que as eleições para a presidência dos Estados Unidos se aproximam, avançam também as leis que buscam regular Inteligência Artificial generativa em contexto eleitoral. Pelo menos 26 estados norte-americanos já discutem ou implementaram legislações sobre o tema nos últimos anos, de acordo com um mapeamento da Axios. A Califórnia é um dos estados recentes a adotar medidas em relação a IA e conteúdo político.

Dezenove estados já aprovaram leis para lidar com as deepfakes e mídia sintética em período eleitoral, na busca de conter desinformação e os impactos negativos das tecnologias de IA na democracia. Em 2019, o Texas foi o primeiro deles, proibindo a criação e distribuição de vídeos deepfakes com a intenção de prejudicar um candidato ou influenciar uma eleição. 

Minnesota, Michigan e Washington também aprovaram leis semelhantes no ano passado, enquanto Novo Mexico, Utah, Indiana e Wisconsin foram alguns dos estados que aprovaram legislação sobre conteúdos sintéticos este ano.

Pelo menos sete estados estão considerando criar e aprovar leis relacionadas ao tema. Pensilvânia, Massachusetts e Carolina do Norte, por exemplo, estão discutindo a exigência de declarações que sinalizem o conteúdo gerado por IA ou até mesmo possíveis candidatos sintéticos. 

De acordo com a Axios, as legislações possuem exceções, como conteúdos que sinalizam uso de IA ou se a peça for uma sátira ou paródia. Nos diferentes projetos, há variação em relação às classificações das violações: em alguns, a criação dos conteúdos é vista como ato criminoso e em outros, apenas uma contravenção. Em determinados estados, as vítimas também podem processar os autores por danos.

Alasca, Oklahoma e Louisiana chegaram a apresentar projetos de lei ainda este ano para regulamentar a IA em comunicações eleitorais, mas todos eles foram negados nas respectivas casas legislativas. Todas as leis, aprovadas e negadas, também foram elencadas pela organização Public Citizen.

Califórnia aprova pacote de leis pioneiras mirando IA em contexto eleitoral

A Califórnia vem se destacando no cenário regulatório de Inteligência Artificial. Na semana passada, o governador do estado Gavin Newsom assinou três leis que tratam de conteúdos sintéticos em contextos eleitorais. Uma outra lei de regulação mais geral sobre IA aguarda a assinatura e decisão final de Newsom.

Apenas uma das três legislações aprovadas neste mês entrará em vigor a tempo das eleições presidenciais de novembro: a lei 2839 estende o prazo de proibição de divulgação de mídia audiovisual enganosa de um candidato, que antes era 60 dias anteriores a uma eleição, e que agora passa a ser 120 dias antes e, em alguns casos, 60 dias após o pleito. O texto também permite que a Justiça impeça a distribuição do material e imponha penalidades civis aos criadores de tal peça desinformativa.

Já a lei 2655, que entrará em vigor em janeiro, exigirá que as plataformas digitais de redes sociais e outros sites com mais de 1 milhão de usuários na Califórnia moderem a disseminação de publicações sintéticas. As empresas terão que rotular e remover deepfakes dentro de 72 horas após receberem reclamações. Se o serviço não tomar medidas, um tribunal pode exigir que o faça.

Vigorando também no próximo mês de janeiro, a lei 2355 determina que campanhas políticas divulguem publicamente se estão veiculando anúncios com materiais produzidos ou alterados por IA. O trio regulatório está sendo considerado referência para que outros estados norte-americanos avancem no combate à disseminação de conteúdos manipulados durante eleições, mas também já está sendo alvo de ações contrárias no país.

COMPARTILHAR:
0
Would love your thoughts, please comment.x