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Serrapilheira

dez 17, 2021 | destaques, notícias

Estudo destaca atuação de cientistas no combate a notícias falsas no Twitter

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Em um país onde as informações oficiais são escassas e/ou distorcidas, a divulgação científica buscou nas redes sociais um espaço proeminente para o debate público. No último ano, o Twitter tem sido utilizado principal ferramenta de comunicação por diversos cientistas, especialistas e organizações científicas na tentativa de esclarecer o público sobre a Covid-19. Um estudo do Science Pulse, em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), identificou que 97% dos influenciadores de ciência brasileiros no Twitter falaram sobre a vacinação, ajudando na divulgação da importância dos imunizantes.

Dentre os tópicos relacionados à vacinação, três temas surgiram. O primeiro foi a divulgação e discussão de pesquisa e desenvolvimento sobre políticas públicas a serem adotadas. Já o segundo abordou campanhas e ações que cobram do governo medidas relacionadas à vacinação (como a compra e distribuição de vacinas) e de combate à desinformação pandêmica. O último focou em mensagens de esperança no futuro com apoio ao desenvolvimento científico, à vacinação e à saúde pública brasileira

Para o estudo, foram analisadas 450.906 publicações sobre a Covid-19 feitas no Twitter por 1.088 cientistas, especialistas e organizações científicas do Brasil e do mundo entre os meses de novembro de 2020 e novembro de 2021. “Neste momento de crise sanitária e da informação, cientistas e comunicadores cumpriram um papel fundamental: ajudaram a orientar e elevar a qualidade do debate ao produzir conteúdos cientificamente embasados”, avalia Natasha Felizi, diretora de Divulgação Científica do Instituto Serrapilheira que apoiou a pesquisa.

Segundo a análise, o debate da comunidade científica brasileira tem como característica a construção colaborativa do conhecimento, com intensa interação entre os perfis. Esse engajamento é visto pelo grande número de respostas, menções e retuítes entre os pesquisadores.

Dentre os perfis monitorados foi percebida a presença de duas fortes comunidades: uma de cientistas internacionais e outra de pesquisadores e instituições brasileiras. Essa diferença pode estar relacionada a grande influência das instituições internacionais no campo científico. “A presença de instituições nos rankings internacionais é mais forte quando comparada ao cenário brasileiro, isso se dá, em parte, devido ao grande prestígio de revistas e periódicos ingleses e norte-americanos que trataram do assunto. Em comparação, há 22% mais instituições no ranking internacional do que no ranking Brasil”, explica Jackeline Buckstegge, sócia-diretora do IBPAD.

Os tuítes em português e inglês mostram que a dinâmica foi de crescimento do primeiro. “Enquanto os [tuítes em português] foram mais fortes ao longo de 2021, os [em inglês] tiveram mais destaque ao longo do final de 2020”, detalha Lucas Gelape, coordenador de dados do Science Pulse.

Também foi percebido que, com quase dois anos de pandemia, alguns perfis se consolidaram na comunidade como uma referência sobre Covid-19 e ganharam reputação positiva, como é o caso de Átila Iamarino. Além dele, os principais influenciadores da conversa sobre Covid-19 da comunidade científica brasileira no Twitter em 2021 foram: Daniel Dourado, Denise Garrett, Isaac Schrarstzhaupt, Luiza Caires, Mellanie Fontes-Dutra, Natália Pasternak, Otavio Ranzani, Pedro Curi Hallal e Vitor Mori. Com uma forte campanha de vacinação e gerando memes nas redes sociais, o Instituto Butantan entrou na lista de instituições que ganharam evidência no Twitter, como a  Agência Fiocruz, a Fiocruz, o Observatório COVID 19 BR e a Universidade de São Paulo (USP). Leia o estudo completo aqui. 

 

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