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dez 19, 2022 | Destaques, Notícias

Mais de 10 milhões de usuários querem a saída de Elon Musk do Twitter

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O final de semana continuou rendendo notícias sobre o Twitter e Elon Musk. Desta vez, o bilionário utilizou o seu próprio perfil para criar uma enquete perguntando aos usuários se deve sair ou não do comando da empresa. Tal pesquisa veio depois da plataforma bloquear perfis de jornalistas norte-americanos e proibir compartilhamento de links para redes sociais concorrentes.

Mais de 17,5 milhões de pessoas votaram na enquete virtual, iniciada às 20h20 (horário de Brasília) de ontem (28) e encerrada já na tarde desta segunda-feira (19). Do total, 57,5% (cerca de 10 milhões de usuários) são a favor da saída do empresário da direção da plataforma.

Enquanto o questionário estava aberto, Musk tweetou algumas mensagens comentando, direta e indiretamente, a possibilidade de sua saída. Para um usuário, o novo dono da rede social respondeu “Ninguém quer o trabalho que pode realmente manter o Twitter vivo. Não há sucessor”.

De maneira mais sutil, disse, ainda na noite de ontem: “como diz o ditado, cuidado com o que seja, pois você pode conseguir”. Até o fechamento desta matéria, Elon Musk não havia comentado o resultado final da enquete.

Twitter bane uso de links para outras redes sociais (mas volta atrás)

Também no domingo, durante a final da Copa do Mundo, a empresa anunciou a proibição de compartilhamento de links no Twitter que levam para outras redes sociais. Estavam na lista de plataformas banidas o Facebook, Instagram, Mastodon, Truth Social, Tribel e Post, além dos serviços que centralizam diversos endereços eletrônicos, como o Linktree e o Lnk.Bio.

Em comunicado, a empresa afirmou que “não permite mais a promoção gratuita de certas plataformas de mídias social”, removendo as contas que foram criadas exclusivamente com o objetivo de promover outras redes sociais.

Coincidentemente, no início de dezembro, o Dewey Square Group indicou que mais de 90 mil usuários adicionaram links do perfil do Mastodon em suas próprias biografias para indicar seus respectivos espaços na plataforma. No último dia 15, inclusive, a imprensa internacional noticiou bloqueios e ações contra o próprio perfil do Mastodon no Twitter.

A decisão de banir os links, no entanto, foi revogada já na segunda-feira (19). Como descreve o TechCrunch, o Twitter excluiu os tweets anunciando a nova política, removendo também do site da empresa a página que foi criada para detalhar as regras estabelecidas. 

O perfil de segurança do Twitter criou uma enquete perguntando se a empresa deveria ter uma política que impeça a criação ou o uso de contas existentes com objetivo principal de anunciar outras plataformas de redes sociais. Até às 14h, faltando nove horas para o encerramento, a enquete já somava mais de 282 mil votos, sendo 86,8% deles discordando da necessidade da nova regra.

Jornalistas têm perfis suspensos na plataforma

Os perfis de oito jornalistas norte-americanos que trabalham em veículos como The New York Times, Washington Post, CNN e The Intercept foram bloqueados na quinta-feira (15). Em cada página dos usuários, aparecia uma mensagem dizendo que as contas foram suspensas por violarem as regras do Twitter.

Musk justificou a decisão alegando que tais profissionais haviam revelado localização dele em tempo real, colocando-o em risco de segurança. Porém, como aponta o Judd Legum, jornalista da newsletter Popular Information, os repórteres estavam apenas cobrindo o banimento de Musk das contas que usavam informações públicas para rastrear a localização do jato particular do bilionário.

Um dos jornalistas atingidos, Aaron Rupar, afirmou que em nenhum momento revelou a localização exata de Musk e que as informações de rastreio, criticadas pelo novo dono do Twitter, são comuns a figuras políticas e culturais.

“Suspeito que as regras e a justificativa para as suspensões não vêm ao caso. A mensagem de Musk foi alta e clara – o Twitter é seu playground agora”, declarou Rupar.

Tal ação de Musk desencadeou respostas de representantes da União Europeia, que afirmaram a possibilidade de sanções contra o bilionário baseadas na lei de serviços digitais, recém aprovada na Europa, que prevê liberdade de imprensa e respeito aos direitos humanos. De acordo com Elon Musk, ainda no sábado (17), os perfis começaram a ser reintegrados na plataforma

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