A capacidade dos usuários de detectar fake news e compreender estratégias de desinformação depende do seu conhecimento sobre os processos de comunicação. Há décadas, organismos internacionais como a Unesco vêm defendendo a importância de processos formais e informais de educação midiática.
A compreensão dos processos de produção e distribuição de notícias já era relevante quando existiam apenas meios analógicos, e tornou-se ainda mais importante no momento em que todos os usuários se transformaram em produtores e distribuidores de informação e notícias.
A educação midiática é uma das ações fundamentais para a diminuição do impacto das fake news e das campanhas de desinformação. A declaração Windhoek+30 da Unesco destaca “a urgência de equipar cidadãos em todo o mundo, incluindo jovens e grupos marginalizados, com competências de alfabetização midiática e informacional, desenvolvidas por meio de uma abordagem sensível a gênero, para capacitá-los a navegar no cenário de informação em evolução e promover a liberdade de expressão e o acesso à informação como um bem público”.
No Brasil, a Base Nacional Comum Curricular prevê, entre as competências a serem desenvolvidas no Ensino Médio, “mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva”.
Além das experiências formais de educação, há um conjunto de iniciativas promovidas por entidades da sociedade civil de pequenos cursos e disponibilização de material de formação para professores, estudantes e cidadãos interessados no tema. As iniciativas do Educamídia e o curso Vaza Falsiane são bons exemplos de práticas promovidas pela sociedade civil em parceria com o setor privado.
Vale a leitura:
UNESCO – Estratégia para Alfabetização Midiática e Informacional