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dez 14, 2023 | Destaques, Notícias

Discord inclui transfobia em política de conduta odiosa

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O Discord atualizou a sua política contra conduta odiosa para abarcar discursos transfóbicos, conforme noticiou o site TechCrunch. As novas diretrizes banem o uso de pronomes errados (misgendering) e do “nome morto” (deadnaming), ou seja, o nome que a pessoa tinha antes da transição e de escolher o novo nome. 

Ao TechCrunch, um porta-voz da empresa disse que essa atualização faz parte dos esforços para que o Discord seja um lugar seguro e divertido para as pessoas se conectarem com os amigos. “Trabalhamos frequentemente com organizações e especialistas no assunto para garantir que as nossas políticas abrangem com precisão uma visão holística de como estas questões se manifestam na Internet e na sociedade”, acrescentou o representante.

Entenda como funciona o Discord e seus riscos

“A prática de erros de gênero direcionados e de nomes mortos emergiu nos últimos anos como uma das modalidades mais comuns para expressar desprezo e ódio contra pessoas trans e não binárias em todas as plataformas de mídia social”, destacou a organização GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation) em seu site.

A organização destaca que não se trata de um erro acidental de pronomes ou a pronúncia equivocada do nome antigo. “Trata-se de discurso de ódio puro e simples, concebido para escapar às políticas existentes sobre discurso de ódio de múltiplas formas, incluindo a exploração de lacunas em políticas”, explica.

O GLAAD faz um apanhado das políticas das plataformas e destaca que, das seis principais plataformas – TikTok, YouTube, X e Facebook, Instagram e Threads da Meta – apenas o TikTok proíbe expressamente o uso incorreto de gênero e nomes mortos em sua política de ódio e assédio. As outras plataformas, de acordo com a organização, possuem diretrizes que proíbem discriminação, mas não especificamente essas duas práticas, o que poderia deixar uma lacuna.

A plataforma X (antigo no Twitter), no entanto, já teve essa regra em seu conjunto de diretrizes, mas foi abandonada em abril deste ano. “As empresas de redes sociais empenhadas em manter ambientes seguros para pessoas trans e não binárias devem ser capazes de reconhecer este assédio e comportamento abusivo direcionado como assédio e abuso, e devem aplicar as suas políticas em conformidade”, reivindicou o GLAAD.

Neste mês, a plataforma Post – voltada ao consumo de notícias – também atualizou sua política incluindo a proibição de publicações que neguem a identidade de gênero ou orientação sexual de um indivíduo ou promovam terapia de conversão ou programas relacionados que tentem mudar a orientação sexual ou identidade de gênero de uma pessoa. De acordo com o GLAAD, plataformas como Tumblr, Pinterest, e NextDoor também possuem diretrizes similares.

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