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Agência Brasil

jun 19, 2023 | destaques, notícias

Desinformação e modelo de negócios das plataformas estão na pauta da CPMI do 8 de janeiro

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Começa hoje, 20 de junho, no Congresso, a série de depoimentos à Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro. A comissão foi formada para apurar as responsabilidades pela invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, buscando esclarecer quem planejou, executou e se omitiu neste episódio antidemocrático da nossa história. Hoje será ouvido o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Ele será inquirido como testemunha.

Em seu plano de trabalho, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apontou que o dia das depredações foi o ápice de um movimento que começou antes com o sentimento e a disseminação de notícias que negavam os resultados da eleição presencial de 2022.

“As notícias disseminadas nas redes sociais pela parcela da sociedade que não aceitava a vitória do então eleito presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, tinham o intento de construir a realidade a partir de sua perspectiva particular, semeando crenças e sentimentos conspiratórios de todas as ordens”, diz o texto da senadora.

Entre as linhas de investigação a serem abordadas nos próximos 180 dias de CPMI, Gama incluiu as manifestações públicas e em redes sociais de agentes políticos contra o resultado das eleições.

Ela também destacou que com o andamento dos trabalhamos, há possiblidade de investigar e entender melhor o papel das grandes plataformas tecnológicas na disseminação de notícias falsas. “Não necessariamente por intencionalidade das empresas, mas por modelos de negócio que carregam em seu bojo riscos sérios e perigosos ao Estado Democrático de Direito”, diz Gama no plano de trabalho da CPMI.

CPMI já aprovou a convocação de 36 pessoas

Na sessão de 13 de junho, a CPMI aprovou a convocação de 36 pessoas, muitas das quais integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, o tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro), o ex-ministro do GSI Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa Braga Netto.

Leia aqui a íntegra do plano de trabalho apresentado pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama.

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