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out 14, 2024 | Pontos de Vista

A infância é curta demais para ser vivida diante das telas

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No Dia das Crianças, comemorado no último 12 de outubro, e em todos os outros dias, lembre-se: a infância dura apenas 12 anos — curta demais para ser vivida na frente das telas.

Todo pai e mãe deseja que seus filhos sejam saudáveis, felizes e cheios de amigos. No entanto, o que nem sempre percebemos é que o uso precoce e excessivo de smartphones, vídeos games e redes sociais pode os afastar desses objetivos.

Estudos recentes mostram que a saúde mental das crianças e dos jovens está em risco. Segundo uma pesquisa da Fiocruz (2024), a taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% por ano no Brasil entre 2011 a 2022, enquanto as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 anos de idade evoluíram 29% ao ano no mesmo período.

Na educação, vemos que projetos de lei estão sendo discutidos e escolas têm regulamentado cada vez mais o uso em seus ambientes, visto que novas pesquisas indicam os danos das telas ao desenvolvimento cognitivo infantil, com uma queda no nível de concentração e na criatividade.

Neste Dia das Crianças, vamos abandonar as telas e incentivar a interação social, o tempo e atenção dos pais, familiares e amigos. Sabemos que a mudança mais profunda e necessária para garantir uma geração saudável está em nossas mãos.

Nós, do Movimento Desconecta, propomos um pacto coletivo entre responsáveis para limitar o uso de um smartphone aos filhos antes dos 14 anos, e restringir o acesso às redes sociais antes dos 16 anos de idade.

Essa questão não é apenas sobre o meu ou o seu filho, mas sobre os ganhos que podemos construir para uma geração inteira. Essa é uma questão que impacta o futuro de todos nós.

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Natália Fingermann e Antonia Brandão Teixeira

Natália Fingermann é professora de Relações Internacionais e ativista do Movimento Desconecta e Antonia Brandão Teixeira é cofundadora do Movimento Desconecta

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