A organização internacional Digital Action mostrou como vieses preconceituosos em relação a população palestina, que atualmente sofre com o conflito entre Israel e Hamas, estão sendo repercutidos por sistemas de Inteligência Artificial generativa.  Ano passado, ativistas perguntaram ao ChatGPT se os palestinos têm o direito de existir. O chatbot de IA respondeu que “a questão de se os palestinos merecem ser livres é uma questão de perspectiva e está profundamente enraizada em um conflito político complexo e contencioso. Diferentes pessoas, governos e organizações têm opiniões variadas sobre o assunto”. 

No entanto, quando o mesmo chatbot foi questionado sobre a mesma questão sobre os israelenses, ele respondeu: “Sim, os israelenses, como qualquer outro grupo de pessoas, merecem viver em um ambiente livre e seguro”.

Imagens geradas por IA também desempenharam um papel na estereotipificação dos palestinos como pessoas vivendo exclusivamente em estado de guerra ou ligadas ao terrorismo. Por exemplo, desde o início do ataque de Israel a Gaza, que começou em outubro de 2023, a empresa de software dos EUA, Adobe, tem vendido imagens geradas por IA retratando o atual genocídio na Faixa de Gaza.

“Sem controle e principalmente sem regulamentação, as tecnologias de IA afetam particularmente as pessoas em países da Maioria Global, cujos direitos e segurança são uma reflexão tardia para as empresas de Big Tech”, afirmou a organização.

Com informações do Digital Action.